Comandante Hansen | Intersexual(ADAPTAÇÃO)

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Normani P.O.V

— Você realmente vai nessa merda, Normani? É sério isso? - Os olhos castanhos de Ally estão fulminando minhas costas, consigo ver pelo reflexo do espelho.

— Eu preciso. É o meu trabalho, Ally.

— Você sabe que pode trabalhar em outro lugar, sua imbecil. Vai mesmo ficar trancada dentro de um salão com Dinah, a esposa dela, o padrasto e o caralho a quatro? – Minha amiga está de braços cruzados, com um semblante irritado.

— Vou. – Me viro para encará-la. Ally suspira e olha para o meu corpo envolto naquele vestido azul apertado que parecia destacá-lo. Ela passa a mão em um dos fios soltos do meu cabelo e o ajeita com o resto, deixando um traço de sorriso fraco.

— Eu não gosto de ter que te ver se submetendo a isso, Mani. Você não precisa disso.

— É muito mais do que Dinah ali, Allycat. Acredite. – Eu não contei a ele sobre meu encontro com Dinah no ateliê, nem sobre a história do divórcio. Era mais como se eu estivesse guardando aquela conversa no meu íntimo, temendo que algo ruim destruísse tudo.

—Você fica linda de azul. – Ally faz um bico adorável e eu rio, abraçando ela bem forte e sendo retribuída. Ela tinha um dos abraços mais gostosos desse mundo e eu sempre me senti tranquila e bem nos braços dela. Ally Brooke era a melhor amiga que se poderia ter. — Mostre a todos aqueles babacas que você é Normani Hamilton. E beije a Zendaya pelo o amor de deus Hamilton, seja mulher!

Brooke dá um tapa em meu braço e gargalho, mas paro ao ouvir meu telefone tocando. Zendaya ficou de vir me buscar para irmos juntas à festa de Stephen e quando vejo ser ela, meu coração fica acelerado. — Oi! Já está aqui?

— É claro, moça bonita. Desça logo, estou ansiosa para te ver. – A voz de Zendaya parecia a de uma criança e desligo com um sorriso nos lábios, o que não passa despercebido de Ally.

— Era a garota alta?

— Sim. Vou descer. Vejo você mais tarde, Allycat. – Vou até a baixinha, beijo sua bochecha carinhosamente e pego minha bolsa, descendo para me encontrar com Zendaya.

Ela está parada ao lado de um carro blindado preto, que reconheço como um Lexus, um sorriso largo estampa seus lindos lábios, e deus, ela estava linda. Usava um vestido vermelho aberto na região de suas pernas, os cabelos ondulados jogados todos para um só lado, um batom vinho naquele boca perigosa, e saltos altos. Havia algo mais sexy do que uma mulher usando saltos altos? A garota morde o lábio ao me ver e estende a mão para mim. Vou de bom grado e a seguro.

— Está muito bonita.

— Olha quem fala. – Sorrio de lado e ela abre a porta do carro para mim, indicando que eu entre. O faço devagar, por causa do vestido, e me sento, observando que era bem espaçoso. Zendaya se senta ao meu lado e pede ao motorista que dirija. Ela vira seu rosto para mim e sorri. Zendaya Coleman tem um sorriso destruidor.

— Preparada para enfrentar todos aqueles velhos babões? – Seus olhos parecem muito mais brilhantes com aquele lápis e rímel.

— Totalmente. Trouxe meu spray de pimenta. – Pisco e ela ri alto, distraindo-me com assuntos sobre a galeria, e que seus sócios estariam lá na festa, então eu poderia conhecê-los. Quando chegamos na casa de Stephen Gray, abro a boca sem me controlar.