*ૢ✧ 🎨「𝙿𝙰𝚁𝙺𝙾𝚄𝚁」── ❝O que diabos você está fazendo na minha varanda?!❞
↳ 𝗢𝗡𝗗𝗘 Payton estava
fazendo 𝘱𝘢𝘳𝘬𝘰𝘶𝘳 no telhado de seu prédio, quando acaba caindo na varanda de Angel.
🎨 || adaptation by: callmemoormeier, 20...
A vida era um sopro e Angel só percebeu isso quando sua mãe a deixou com seus meros catorze anos e uma vida inteira pela frente.
Ela sabia que não era culpa de ninguém, mas sabia que se não cuidasse da sua, uma hora ou outra a perderia.
E ela cuidava.
Sua vida toda olhou os dois lados antes de atravessar a rua, nadava apenas perto de adultos, tomava cuidado ao usar o fogão, evitava assaltos, sempre que pegava um resfriado ia ao hospital temendo algo maior.
Era um pouco sufocante, mas ela já estava acostumada.
── Quer comer o quê? Eu posso pedir... tacos! ── Angel perguntou ao seu namorado que mexia no celular concentrado.
── Claro. ── ele diz, ainda olhando o celular sem nem a olha-la. Era indescritível o ódio de Angel quando alguém nem sequer a olhava quando ela falava; isso apenas a lembrava do seu pai a alguns meses atrás.
── Vai querer refrigerante ou suco? ── ela pergunta.
── Pode ser. ── ele diz e ela o olha confusa.
── Vou comprar um travesseiro também, ok? ── ela cruza os braços.
── Uhum... ── ele responde e ela bufa, tirando o celular da mão do garoto, logo o ouvindo reclamar ── Amor!
── Amor digo eu! Fala comigo! ── ela cruza os braços, fazendo um bico e aquilo aquece o coração de Payton o fazendo sorrir e dar um beijo em seus lábios.
── Eu te amo, desculpa. ── ele murmura, dando inúmeros selinhos em seus lábios ── Mas eu preciso resolver sua surpresa.
── Isso me parece como uma desculpa. ── ela arqueia uma sobrancelha.
── Também. ── ele ri, recebendo um tapa de Angel ── Eu juro que você vai amar, só espera mais alguns dias! Vou indo, eu te amo.
── Eu sinto. ── ela responde o mantra do casal.
Ele dá outro rápido beijo em seus lábios, pega seu celular e sai correndo para fora do apartamento da namorada. Ele tinha que passar em tantos lugares até sua surpresa estar pronta.
Angel bufou e se levantou. Ela já estava impaciente com essa surpresa. Pegou um casaco e saiu de seu apartamento, subindo as escadas em direção ao terraço e ao abrir a porta de metal, suspirou sentindo a brisa do ar.
O sol estava se pondo e havia gaivotas voando no céu, em direção à praia. O mar estava calmo assim como o vento.
Era um dia perfeito.
Bem, de toda a lista de coisas que Angel era cuidadosa, altura nunca foi uma delas. Ela nunca sentiu medo de estar em cima de um meio-fio; ou debruçar sua cabeça na varanda de seu prédio; e nunca de ficar em pé, na beirada da queda de quarenta cinco metros de seu prédio.
Ela olhou para baixo, vendo o chão a metros abaixo de seus pés e em seguida o céu alaranjado, abrindo com força e rapidez seus braços e por esse maldito motivo, onde a física não ajudou nem um pouco, Angel perdeu o equilíbrio.
Ela viu sua vida passar pelos seus olhos quando seu corpo se desequilibrou e caiu para frente e mais nada era sentindo abaixo de seus pés.
Ela se viu com seis anos correndo com suas primas pequenas pela casa de sua avó; se viu aprendendo a tocar atentamente piano com sua mãe; viu seu pai a avisando de sua morte e ela chorar, negando aquilo; viu terminar de pintar as paredes do seu quarto no Canadá com estrelas; viu se mudar para Los Angeles e admirar o mar azul; e viu o dia que conheceu Payton Moormeier, o garoto que mudou sua vida apenas caindo. Assim como ela.
A vida era um sopro e Angel Deschamps tinha certeza disso muito antes de cair quinze andares e formar ao lado de seu e corpo, uma grande poça de sangue.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.