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— Malu, qual é. Abre aqui! – Mavi bateu uma última vez na minha porta.

Continuei a ignorando e parei de chorar ao perceber que não valia a pena, não por ele.

Me levantei do chão e fui até o banheiro, me olhei no espelho vendo meus olhos vermelhos e suspirei e inspirei diversas vezes assim como uma grávida.

Acho que fiquei uns vinte minutos chorando, então a situação tava feia.

Tomei um banho pra ver se melhorava, coloquei uma roupa confortavel e quando acabei soltei meu cabelo.

Estava o ajeitando já que estava meio bagunçado quando senti uma lágrima quente e solitária descer sobre a minha bochecha e olhei pro teto na tentativa de não deixa-la descer e voltar a chorar

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Estava o ajeitando já que estava meio bagunçado quando senti uma lágrima quente e solitária descer sobre a minha bochecha e olhei pro teto na tentativa de não deixa-la descer e voltar a chorar.

— Não vale a pena, não vale a pena – repeti pra mim mesma enquanto limpava a lágrima.

Decidi que iria encontrar os meninos pois quando eu estava com eles esquecia de qualquer problema. E isso que eu queria fazer agora...

Esquecer.

Esquecer que ele tá aqui e de todas as lembranças ruins, esquecer que ele me mandou vir morar na casa dos meus tios, porque ele não conseguia olhar nos meus olhos.

Eu era uma criança, tinha apenas três anos.

Pensando em tudo isso lembrei do JJ, ele também tem problemas com o pai dele então ele me entenderia. ‐ pelo menos eu acho - Também não conversamos ainda sobre o nosso beijo e de como as coisas ficariam agora entre a gente.

Tomei coragem pra descer e ver a cara do Rodrigo de novo e peguei meu skate no canto do quarto.

Começei a descer as escadas e todos olharam pra mim.

— Filha, podemos conversar? – falou se levantando.

Não! – passei por eles sem olhar e peguei minha ecobag que estava perto da porta e sai.

Coloquei meu fone e subi no skate indo direto pra casa do JJ.

No fone tocava Sweater Weather do The Neighbourhood. Eu sei que não tem nada haver com a ocasião mais quando eu ando de skate sempre ponho ela pra relaxar e me sentir em um filme qualquer.

Estava destraida quando um carro começou a andar devagar e bem próximo a mim. Quando olhei era Sarah quem estava dirigindo e sorriu pra mim assim que eu a olhei.

Ela estava com uma blusinha amarela tomara que caia e uma calça branca, um look bem marcante digamos.

Vi sua boca se mexer e não entendi nada que ela quis dizer.

— Que? – perguntei tirando o fone e parando o skate. Sarah parou o carro logo em seguida.

— Quer uma carona?

OUTER BANKS • JJ Maybank {PAUSADA}Onde histórias criam vida. Descubra agora