Um grupo de jovens denominado como "Pogues" vive em uma pequena ilha na Carolina do Norte e passa seu tempo livre surfando e aproveitando a juventude até ter que lidar com questões românticas, sociais e financeiras enquanto procura um tesouro lendár...
— ROUTLEDGE, SABEMOS QUE ESTA AI. VEM AQUI PRA FORA.
— Gente rápido, a janela – Kie falou e os meninos correram pra abrir. — Por que essa demora?
Pope — Não dá pra abrir.
JJ — A tinta lacrou.
— Eu vou checar na cozinha. – ouvimos eles falarem.
— Gente, eles já estão aqui perto. – John b disse com as mãos na cabeça atrás da porta.
— Dá licença, deixa comigo. – Kie pegou um lapis e começou a tirar a tinta da janela. Peguei outro lápis e começei a ajudar ela.
— Cadê a porra da bússola Routledge? – a voz dos homens ficava cada vez mais próxima.
— Anda, anda – JJ diz, sussurando.
Kie — Estamos indo o mais rápido possivel.
— Shhh – John b e Pope colocaram o dedo indicador na boca ao mesmo tempo pedindo silêncio, os homens estavam cada vez mais próximos.
— SE ESTIVER AI DENTRO JÁ SABE! – um dos homem nos alertou do outro lado da porta.
Eles começaram a chutar ela na intenção de abrir-lá, John b e Pope trataram logo de sair de trás.
Conseguimos abrir a janela e todos sairam apressados, estavamos indo em direção ao galinheiro e ouvimos um disparo – provavelmente foi pra abrir a porta – logo depois vimos os homens levando até o carro as pesquisas do big john e o galo começou a cantar, agoniado conosco ali dentro.
— Faz alguma coisa Pope – JJ disse sussurando.
— O que eu vou fazer?
Kie — Carinho ou sei lá
— Fala com ele – sugeri.
Pope tentou fazer carinho mas não adiantou, só fez o galo ficar mais agitado e acabou chamando a atenção de um dos homens que começou a vir em nossa direção.
O galo começou a voar pra todo canto e JJ pegou ele, forçou o seu pescoço contra o chão e o matou.
Kie começou a chorar e John b pegou na mão dela – ela também gostava do galo – eu não conseguia reagir, tava muito tensa pra isso.
Pope viu o meu estado e me abraçou de lado. Eu só conseguia olhar pra aquela cena em transe com os olhos cheios de lágrimas que não queriam descer.
Um dos homens falou algo que eu não consegui distinguir e logo o carro deles foi se afastando.
Fiquei na mesma posição enquanto todos foram saindo do galinheiro.
— Ei, vamos? Eles já foram! – JJ disse agachado ao meu lado me tirando do transe.
— Me diz que isso não aconteceu... – ainda estava sem acreditar.
— Não tem como negar. – falou manso — Vou enterrar ele... você vem?
Pisquei algumas vezes tentando me recuperar.
— Já tô indo – disse tentando criar forças para levantar.
Quando ele saiu do galinheiro minhas lágrimas enfim desceram, limpei elas e passei a mão na roupa pra tirar um pouco da sujeira e sai.
John b tava cavando um pequeno burraco no chão e os outros estavam em volta, esperando ele terminar.
Quando terminamos o enterro eu já estava melhor, parecia até que não tinha acontecido nada – talvez o beck que o JJ me deu tenha a ver com isso mas tudo bem – John b disse que tinha uma pista sobre o que podia ser "Redfild" então fomos pra van seguir a hipótese dele.
{...}
— ... é obvio, não é?
John b estava nós levando pra algum canto contando sobre a teoria maluca que ele criou na cabeça.
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John b — É uma herança de família, é o lugar perfeito pra esconder uma mensagem. Ele devia saber que eu ia receber.
— É... é possível. – Kie entrou na doideira dele.
— E também é possível que você esteja criando teorias malucas pra... você sabe... te ajudar com a tristeza. – Pope falou o que parecia óbvio pra gente.
— Mano você sabe como eu processo a minha tristeza, com maconha e do melhor tipo.
— JJ! Isso não ajuda.
— Te ajudou ainda agora, meu bem!
— Eu não tô inventando, tá bom? O meu pai tá tentando mandar uma mensagem.
— Se isso te ajuda – Kie falou alimentando as teorias dele.
— A gente quase morreu, de novo, por causa disso, o Big John tá tentando levar a gente pra onde ele tá, isso sim. – falei pensativa.
John b — Eu não preciso dá terapia de vocês tá legal? Eu não tô viajando.
— Tá sim – sussurei e o Pope segurou a risada.
JJ — O problema não é viajar mais acontece que-
— Meu pai tá desapareciso tá? Desaparecido – John b disse se virando bruscamente tentando se convencer daquilo. — Nenhum de vocês sabe o que é o pai desaparecer e não ter ideia do que aconteceu e... acordar todo dia querendo saber.
Kie — Mas já faz quase um ano...
JJ — Será que ele foi sequestrado? Tem essa possibilidade, né?
— É, ele pode estar em um submarino soviético sendo enterrogado pelo KGB em algum lugar – Pope disse quebrando o clima pesado que tinha ficado.
— É, com certeza. Ou em Atlântida. – JJ disse entrando na brincadeira.
— Com o Aquaman? – disse sorrindo.
— Malu! – Kie me repreendeu. — O que você acha que o recado quer dizer? – voltamos ao assunto do John b.
— Redfild. O farol de Redfild. O lugar preferido do meu pai.
