A perca é algo difícil de lidar, se você não for capaz de lidar com ela, sinto muito... você irá sofrer para o resto de sua vida.
Esta história será contada por uma jovem que foi abandonada em um pequeno orfanato de Los Angeles pela sua própria mãe...
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Sentei sobre a imensa cama encostando minhas costas naquela cabeceira, em poucos dias minha vida tinha virado de cabeça para baixo e eu não estava conseguindo saber o por quê. Será que eu fui má nas vidas passadas e agora estava pagando por tudo o que eu fiz ? Isso seria um karma? É difícil saber.
Olhando para o celular percebo as ligações que Noah fizera, por mais que seria perigoso fugir naquele momento do shopping, eu gostaria de ter entendido o porque meu coração estava me dizendo para permanecer ali, era nítido que ele queria me ver ao lado de Vincent, sinceramente estou tentando entender o porquê de meu corpo dar sinais estranhos quando estou do lado do loiro.
Ainda não tinha explorado aquela grande casa, nesses dias minha vida foi em se manter presa no quarto pois não estava afim de ver ninguém, principalmente ele, porém, como me sentia aflita ainda mais pelo jantar que estava por vim, decide tomar coragem e descer a grande escada para explorar, afinal, se eu for casar com ele e tiver que morar por aqui, preciso conhecer o lugar que ficarei até minha morte.
Não havia ninguém no andar de baixo, ou seja, plano perfeito, assim não precisaria abrir a boca para ninguém e explicar o porque sai de meu quarto. Estou indo para um grande corredor depois da cozinha, era como se fosse uma lavanderia, mais afundo continha uma pequena sala provavelmente era onde se mantinha os negócios de Vincent.
Dando uns passos pequenos, consigo entrar calmamente, analiso tudo o que está em minha volta, não posso mentir, era uma sala linda e espaçosa, há uma estante grande de livros e uma mesa no centro completamente organizada sem nenhum papel, sento-me na cadeira e vou abrindo as gavetas, dou um leve sorriso quando vejo o saquinho de pó, sem pensar duas vezes coloco no bolso de minha calça.
— Posso saber o que você está fazendo na minha sala? – A voz grossa fez com que eu desse um pequeno salto de sua cadeira.
— Nada... quer dizer... estava lhe procurando, queria saber que horas eu tenho que me arrumar para o jantar
— Bom acho melhor você começar a se arrumar. – Seus passos em minha direção vão ficando mais próximos, com rapidez e sutileza fecho sua gaveta para ele não perceber que estava aberta e então dou a volta indo em sua direção primeiro.
Antes que ele pudesse dizer algo, reviro os olhos e ando apressadamente para o meu quarto fechando a porta do mesmo, encosto retirando o pequeno pacote de meus seios, encarei aquilo com total firmeza e angústia, seria o certo fazer isso ? Teria consequências? Bom... apenas provando para saber.
Provocar o loiro era uma das minhas metas.
Faço o que sei de melhor, cheirei aquele pequeno pó deixando com que ele entrasse no meu nariz dando leveza ao meu corpo, não sei por quanto tempo fiquei fora da realidade, apenas vi um homem alto extremamente puto da vida.
— Mas que merda! O que você tem na cabeça? - Ele está zangado e parece que minha risada afeta ainda mais.
— Calma, eu vou me arrumar. - Seguro sobre a cama para conseguir sair do chão. — Melhor... você precisa me arrumar.
