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Desço os degraus daquela escada de pijama longo com a cara borrada de maquiagem e roendo todas as minhas unhas, eu precisava da minha droga

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Desço os degraus daquela escada de pijama longo com a cara borrada de maquiagem e roendo todas as minhas unhas, eu precisava da minha droga... eu precisava dela.

— Quem mandou você mexer nas minhas coisas? - Explodo no momento que vejo Amber com uma taça de vinho na mão.

— Querida, não é hora para isso. - Puxa meu braço fazendo com que eu ficasse cara a cara com a pessoa que me esperava.

Engulo seco no momento que vejo seu rosto, a sua mandíbula está travada, seu olhar fixou no meu, um arrepio percorria por toda a minha espinha.

— Senhor Hacker está é minha sobrinha que tanto lhe falei.

— Você disse que ela era bonita mas não imaginava que era tanto.

— Ah ela da pro gasto viu. - Me empurra.

— Que merda é essa aqui? - A olho. — Eu já disse que não quero casar e que eu não quero namorar ninguém, eu já tenho namorado...

— Cala a merda dessa sua boca. - Amber sussurra apertando meu braço. — Perdão! Ela não tomou os remédios hoje. - Diz brincando fazendo o homem continuar com a fechada, não havia nenhum semblante de riso.

— Pode nos deixar a sós um pouco ? - O loiro não tirava os olhos de mim, era como se ele conseguisse enxergar minha alma e todos os podridões que eu já havia feito.

— Claro senhor! - Sorri fraco. — Não estraga tudo! - Esbarra no meu ombro e sai pisando firme no chão.

Um silêncio perturbador invadiu o ambiente, eu não sabia o que dizer, minhas mãos estão tremendo.

— Acha mesmo que você e sua turminha ridícula iria se safar tão rapidamente? - O homem se aproxima pegando nos meus dois braços.

— Não sei... não sei... do que você está falando... - Gaguejo.

— Deixa eu ver. - Se afasta cruzando os braços. — Uma garota pede para participar da virada de copos enquanto dois garotos estão roubando o dinheiro do MEU pessoal.

— Olha eu...

— Pra deixar mais explicado... - Mostra o celular onde continha ângulos da minha cara e dos meus amigos que a câmera havia pego. — Esses jovens, você deve conhecer.

— Eu não vou ter um romance ou qualquer merda contigo. - Digo praticamente querendo voar em seu pescoço.

— Você não tem que querer. - Joga o pequeno plástico em minha mão. — Falta de droga não é, está até suando... cuidado, vício é perigoso.

— Me diz o que quer...

— Eu já tenho o que eu quero. - Saltos foram ouvidos deixando claro que tia Amber está de volta.

— Desculpe atrapalhar mas trouxe algumas guloseimas...

— Ah obrigado mas já estava de saída! - Sorri. — Amanhã estarei cedo aqui para discutirmos o preparatório do casamento.

— E o...

— Dinheiro entrará na sua conta quando ela disser sim no altar. - Pisca dando um sorriso maléfico. — A propósito quero suas malas prontas, você irá morar comigo antes do casamento.

— Que... isso...

—  Ate amanhã. - Foi a última coisa que ele disse antes de fechar a porta.

— Precisamos comemorar.

— Eu odeio você! -  Grito.

— Me odeia? Olha só, parece uma adolescente...

— Você não pode me vender desse jeito, Margareth não ia gostar disso

— Não abre a boca para falar da minha mãe, você não sabe de nada, não sabe do que ela era capaz. - Grita. — Ainda não me conformo dela ter lhe adotado, uma rejeitada, sem família... - A raiva tomou conta do meu corpo fazendo com que eu não pensasse duas vezes antes de cuspir na cara dela.

Subo rapidamente para o quarto onde a pequena estava e a coloco para fora do quarto deixando-a sem entender, tranco a porta e coloco a cômoda para impedir de alguém entrar.

Com a mão tremendo pego o celular e disco o número tão decorado por mim.

— Fala gatinha. - Escuto a doce voz.

— Noah... me tira daqui. - Sem perceber eu já estava em prantos.

— Aconteceu alguma coisa? - Era nítido o movimento dele se levantando da cama.

— Ela quer me casar, eu não quero casar...

— Do que você está falando? Quem quer te casar?

— O que está acontecendo com ela? - Ouço a voz de Hina no fundo.

— O que a Hina está fazendo na sua casa? - Pergunto sem entender.

— Eu posso explicar amor... - Desligo o telefone sem deixá-lo terminar.

Mas que merda é essa que está acontecendo?

Enquanto do outro lado Amber está esmurrando aporta para tentar entrar, eu estou usando a cômoda para cheirar a cocaína. Faço duas fileiras, puxo o ar pelo nariz fazendo com que o pó entrasse rapidamente por um dos buracos do meu nariz causando uma leve tontura.

Uma vida de cabeça para abaixo. - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora