Minha pequena grande menina pt II

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No dia seguinte, quando acordei Juliet já estava em pé de banho tomado e cabelo escovado ajudando Liv com o café da manhã, enquanto Mika organizava os cadernos na mesa da cozinha.

一 Começou o apocalipse e ninguém me avisou? Vocês três acordaram antes de mim? Que tá havendo? 一 Questionei intrigado.

一 As meninas e eu resolvemos que você tem passado por muito stress e preparamos o café da manhã. Então senta e come. 一 Ela disse em tom de ordem puxando a cadeira em frente a um prato com ovos, bacon e uma panqueca coberta com mel.

一 Eu tenho que limpar e alimentar a Serafina.

一 A Mika já fez isso. 一Ela disse eu quase caí da cadeira.

一 Não me olhe assim, eu fui obrigada e se tiver que fazer aquilo de novo, prefiro ser expulsa de casa. 一 Ela falou enfiando os cadernos na mochila.

一 De qualquer forma obrigada.

一 E aqui os seus remédios e vitaminas. 一 Disse me entregando um copinho com pílulas e agua.

一 Eu já estou bem, não preciso deles.

一 É claro que precisa, você está com duas costelas fraturadas e embora você não acredite 一 Liv botou a mão do meu ombro 一 você não tem mais vinte anos, meu amor precisa começar a se cuidar.

一 Eu lembro disso, minha coluna não me deixa esquecer.一 Falei e a puxei para um beijo.

一 Ecaaa eu vou pra escola 一 Mica se levantou rapidamente roubando uma fatia de bacon do meu prato.

一 Pai eu estive pensando, hoje depois da terapia... eu quero falar com a advogada que você falou.

Assenti com a cabeça e depois de ficar quase uma hora lendo revistas de psicologia na sala de espera da psiquiatra, levei Juliet ao escritório da doutora Cooper. Mais uma vez, fui encaminhado a outra sala de espera, pois a advogada queria conversar sozinha com a minha garota. Por mais que eu tentasse escutar, a pesada porta de madeira parecia bloquear qualquer ruído de dentro da sala.

一Desista 一 disse uma mulher que chegou logo após de nós 一 É um escritório de alto padrão, a sala dela tem bloqueador de som não vai ouvir nada nem se tivesse um estetoscópio.

一 Ah claro, faz sentido. 一 Falei e me voltei a poltrona balançando os pés ansioso. 一 Quem foi? Sua esposa, sua filha? 一 Ela disse e eu fechei o rosto 一 Filha 一 Ela sentenciou.

一 É uma situação complicada, bom você deve saber mais do que ninguém.

一 Ah eu não estou aqui pra contratar a doutora Cooper, trabalho pra ela, mas sim sei bem. Você é?

一 Noah Johnson.

一 Prazer, Elise Jenner. você é o filho prodigo da Susan Johnson, não é mesmo?

一 Culpado. 一 Levantei a mão e ela deu um leve sorriso.

一 Ela me comentou algo sobre o seu caso, estou surpresa que esteja aqui, geralmente casos com nomes de famílias importantes e tradicionais se resolvem de outras formas. Mandam a garota pra algum paraíso e as entopem de presentes e remédios pra compensar o fato dela ter de passar o resto da vida vendo seu agressor e muitas vezes tendo que conviver e sorrir pra ele em eventos sociais. É claro que tem os esquentadinhos que resolvem a sua maneira e alguns promissores jovens podres de ricos acabam sofrendo acidentes fatais inexplicáveis e muitas vezes idiotas. Soube do jovem multimilionário da tecnólogia que foi pular de big jumpping com a trava de segurança quebrada?

一Eu Acho que ouvi falar.

一 Seis meses antes ele convenceu a filha de treze anos de um empreendedor petrolífero a visitar a ilha que ele havia comprado.

Minha Vida em Perfeitas Escalas - EM ANDAMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora