🍀 c a p í t u l o 05

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Akemi entrou na casa com um grande sorriso no rosto, essa era a primeira vez que estava feliz de verdade desde que retornaram ao Japão

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Akemi entrou na casa com um grande sorriso no rosto, essa era a primeira vez que estava feliz de verdade desde que retornaram ao Japão.

O vôlei tinha esse efeito nela, ela amava o esporte com tudo de si e dedicaria sua vida a isso, não importa se alguém fosse contra, enquanto uma unica pessoa a apoiasse seria o suficiente para dedicar sua vida a isso.

- Posso saber onde estava até essas horas? - Akemi segurou o revirar de olhos ao ver a mulher sentada no sofá com as pernas cruzadas.

A loira estava usando um vestido vermelho colado ao corpo, destacando cada curva que possuí, saltos altos e o cabelo estava preso em um coque estiloso, algo que combinava consigo.

- Não é da sua conta.

Akemi tirou os sapatos jogando no canto perto da porta e começou a subir as escadas.

- Eu quero saber por que sua escola ligou pedindo minha autorização para que participasse de um clube de vôlei quando eu fui bem clara que não vou permitir.

- Eu queria saber quando foi que pedi sua permissão, eu não ligo para o que disse. Eu vou continuar jogando e não vai ser você nem ninguém que ira me impedir disso.

- Veremos Akemi, você ainda é minha filha.

- Não sou, e se pensar em tentar qualquer coisa para me impedir disso, eu ligo pro vovô assinar a autorização. Ele te odeia tanto quanto eu, tenho certeza que fará questão de me levar para morar com ele, então me faz o favor e vai viver sua vidinha de contos de fadas esquecendo da minha existência. É o melhor para nós.

Akemi sorriu com o olhar mortal que recebia, ela estava acostumada a isso que nem ligava mais.

- Eu só quero o melhor para você, é tão difícil de entender isso Akemi? Vôlei não vai te dar futuro algum, pelo contrário vai te atrasar na escola.

- Por mais que eu não faça questão alguma que saiba vou te falar, eu sempre fui a melhor da minha turma, minhas notas são ótimas por si só e sinceramente? Eu to nem aí...

A mulher a encarou com ódio, ela odiava ser contrariada e sua filha estava testando todas as possibilidades ao desejar tomar suas próprias decisões.

Akemi ignorou os comentários e praticamente correu para seu quarto, trancando a posta antes de se jogar na cama com um sorriso enorme no rosto.

- Haji-nii. - Uma menina de 6 anos gritou enquanto abraçava seu primo mais velho. - Estava com saudades.

O garoto abriu um sorriso enorme enquanto acariciava os longos fios loiros da menina.

- Eu senti sua falta também princesa, agora vai me contar qual é a novidade que quer tanto me contar.

A menina sentiu um sorriso se abrir em seu rosto.

- Eu quero ser uma grande jogadora de vôlei. Eu vou ser a melhor das melhores e um dia representar o meu país.

- Vôlei? Não sabia que gostava de esportes, você é preguiçosa demais para correr.

- Eu vi um jogo com o papai, eles foram incríveis Haji-nii, eles pulavam tão alto e batiam na bola com tanta força, eu quero ser igual a eles, eu quero ser uma jogadora como eles.

- É mesmo? Então você já tem um objetivo de vida?

- É claro, eu quero jogar pela seleção Argentina.

Hajime arregalou os olhos em choque, ele não esperava por isso.

- Que? Devia jogar pelo Japão né?

- Não, eu gosto de azul. Quero jogar na argentina. - A menina resmungou com inocência. - Um dia você vai ver o quão incrível eu vou ser.

- Eu não duvido disso.

Akemi sorriu com a lembrança antiga, suas preciosas memórias com seu primo eram sem dúvida as melhores de sua infância.

Aqueles sonhos de crianças. Sonhos ingênuos de quando ela acreditava puramente em coisas boas.

- Posso entrar? - Seu pai bate levemente na porta entrando logo depois.

Akemi sentou na cama olhando para o pai com cuiriosidade, ela não esperava que ele aparecesse assim em seu quarto. Ele nunca foi de fazer isso nos últimos anos, mas agora tudo era diferente. É claro que a mulher iria reclamar da situação, ela reclamava de absolutamente tudo.

- Sua mãe me disse o que aconteceu.

- É claro que ela disse.

- Kemi, eu sei que parece difícil de acreditar, mas ela só quer o seu bem.

- Não, ela quer controlar minha vida, cada passo que dou, ela quer que eu faça o que ela quer e não o que eu amo. Você me obrigou a voltar a morar com alguém que eu odeio, alguém que nunca mais queria olhar na cara, eu não pude nem dar minha opinião sobre isso já que foi tudo feito pelas minhas costas, você se quer me perguntou como eu me sentia nessa situação.

- Filha...

- Eu to cansada, eu to com medo... A única coisa que eu quero é ter algo que eu amo com todo meu coração e você ta querendo tirar isso de mim.

- Eu sinto muito por isso, eu errei muito com você... Eu tenho sido um péssimo pai.

Akemi fechou os olhos por um minuto pensando, ele não era um péssimo pai, pelo contrário, ele foi o que mais lutou pelos seus sonhos, ele foi quem mais a apoiou.

- Não me tire a única coisa que eu amo...

- Eu Não faria isso, sinto muito por ter dito o contrário. - O homem olhou para o chão envergonhado. - Me perdoa por ter te magoado tanto...

- Está tudo bem pai. - Ela respondeu o abraçando de lado.

- Eu sei que é difícil para você, tenta dar uma chance, ela mudou bastante...

- Eu não consigo.

A loira levantou da cama nervosa, ela ama seu pai, mas tem coisas que são limites em sua vida, perdoar sua mãe é um deles.

- Você se quer deu chance... Ela é sua mãe.

- Como eu poderia dar chance para a mulher que me jogou na piscina e ficou rindo enquanto eu me afogava? Como eu posso chamar de mãe a mulher que destruiu me psicológico quando eu era uma criança.

- Foi um acidente Akemi, ela não tentou te matar.

- É claro que não, ela me jogou lá sem motivo nenhum.

Akemi sentiu seu corpo tensionar outra vez.

- Akemi...

- Eu vou sair, não me espere em casa.

A garota afirmou enquanto pegava seu celular e digitava com pressa. Só existia uma pessoa em quem poderia confiar no momento.

Seu primo.

Infinite - Tooru OikawaOnde histórias criam vida. Descubra agora