Quando chegaram ao Hotel de Londres, era por volta de umas 3h da manhã. Donna tinha fugido com estranhos, e isso não parava de passar por sua cabeça.
Severus via a menina com um olhar perdido e duvidoso. Ele se perguntava se tinha feito algo correto.
Severus pediu um quarto para três crianças e um adulto ao lado. Ao entrarem no quarto das crianças, o homem pegou a varinha e fez um feitiço de proteção para que nada acontecesse com as crianças.
- Boa noite - Falou o homem. - qualquer coisa que precisem é só me chamar, eu vou ouvir. O feitiço vai me alertar. Nenhum estranho vai entrar. Só eu e vocês.
- A gente vai sair amanhã? - Perguntou Draco.
- Sim, vamos a Hogsmead ver uma casa, e vamos passear por lá. Vamos sai 12h. Então estejam acordados e prontos.
- Eu só tenho essa roupa. - Falou a menina triste e envergonhada.
- Harry pode emprestar uma roupa para você dormir. Amanhã vou comprar algumas roupas para você. Agora, todos podem dormir. - Com isso, Snape esperou os três se trocarem para poder coloca-los na cama e desejar boa noite.
Quando chegou em Donna, Severus e a menina não sabiam o que fazer. Era estranho. Então ele a cobriu e fez igual fazia com Harry, deixou um beijo na testa e saiu do quarto.
Quando deitou na cama, tudo que Severus pensava era que tinha uma filha e nunca fez parte da vida dela. Era um completo estranho para Donna.
Severus estava mal e precisava desabafar com alguém. Snape levantou-se e escreveu uma carta para a pessoa que poderia ajuda-lo e com quem pudesse conversar.
...
Aquela manhã, Snape entrou no quar das crianças, que dormiam tranquilamente. Ele se aproximou de Harry e o acordou de forma silenciosa.
- Harry - Severus chamou sussurrando e o garoto se mexeu um pouco e abriu os olhos sonolentos.
O garoto tateou a escrivaninha atrás de seus óculos. Quando os colocou sentou-se na cama.
- Oi, bom dia pai. - Falou o garoto.
- Bom dia, Harry. - Ele sorriu. - Preciso que olhe Draco e sua irmã, okay? - A palavra irmã soou tão estranha para Harry, quanto para Snape. Mas era o que Donna era de Harry, não é? Irmã.
- Tá bom. - Harry estava estranho, e Severus sabia que se não insistisse o garoto não diria muita coisa.
- O que você tem, Harry? - O menino ficou envergonhado por ser tão transparente.
- Agora que tem a Donna, você não precisa mais de mim. Você tem uma filha de verdade. - Claramente o menino de olhos verdes era tão inseguro e isso doia em Severus.
- Harry, você e Donna são meus filhos de verdade. Ela é tão minha filha, quanto você. - Harry ainda estava em dúvida, mas então Severus o abraçou, deixando um beijo em sua testa. - Cuida dos dois, tá bom? Preciso sair. Não saia desse quarto, nem atenda a porta. Deixei café para vocês ali naquela mesa.
Dito isso, Severus levantou-se e saiu do quarto. O homem caminhou até o elevador, preparando-se para descer.
Quando a porta se abriu, revelou Remus Lupin com um olhar preocupado. Severus entrou no elevador e apertou o botão que o levaria a entrada do hotel.
- Você veio até aqui? - Perguntou Snape chocado.
- Você precisava de mim. Não podia deixa-lo sozinho com tudo que escreveu. - Severus olhou para baixo constrangido. Ele deixou Remus preocupado e essa não era a intenção.
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O Novo Guardião de Harry Potter
RandomOs Dursley sofreram um grave acidente e Harry era órfão mais uma vez, precisando de um novo guardião.