Quando Harry acordou, ficou imóvel. Ele não queria que Severus percebesse, pois queria ficar mais tempo nos braços do homem. Aquela foi a primeira vez que sentiu o que era ser amado, e não queria deixar essa sensação tão cedo.
Snape por sua vez sentia algo que nunca sentiu. Ele estava cheio, esse sentimento era novo. Severus só sentiu o vazio, a solidão e o desamparo. Agora ele sentia algo que buscou em toda sua existência. Ele estava completo, ele era... era...
Pai.
Esse pensamento o refletir. Pai. Isso era confuso, nunca pensou que o que faltava era isso. Harry deu a Severus uma nova perspectiva.
Ele deixou Harry ali, mesmo sabendo que estava acordado. Então passou a pensar quão capacitado era para a tarefa de cuidar de Harry. Ele se pegou pensando em fazer algo do qual fugia há anos.
Durante aquele dia, passou pensativo e reflexivo sobre o que devia fa6her. Harry, por sua vez sentia-se mal por começar a enxergar Snape como sua verdadeira família, e os dois seguiram com esse pensamento pelas semanas que se seguiram.
Harry amava a casa, mesmo que sendo mais simples que a dos Dursley, nela era livre. Snape o levava em um parque na rua de cima, onde ele brincava nos balanços e escorregadores.
Todos mantinham distância, a fama da família Snape nas redondezas não era muito positiva, logo as crianças nem chegavam perto de Harry.
Ele gostava cada vez mais de Snape... então em sua cabeça surgia uma palavra que Harry temia tanto. O pensamento cada dia mais presente em sua mente... Um pensamento que afugentava. Ele sentia que estava traindo... traindo James. Mas não podia evitar aquela palavra que sempre segurava em sua boca.
Naquela manhã calorosa, Harry estava terminando de comer sua última torrada com geleia. Então toda a comida desapareceu.
Snape se levantou e retirou os pratos, se dirigindo até a cozinha, como já era de rotina.
- Vá pegar seus livros e os leve até o laboratório. Hoje vou estudar com você para testar o que aprendeu. - Harry assentiu e foi até o quarto.
Snape colocara prateleiras para seus livros, deixando a vista. Harry os pegou e levou ao porão e subiu para avisar que já tinha pegado os livros. Quando entrou na sala de jantar, Harry esqueceu como respirava, seu coração deu uma batida forte e seus olhos encheram de lágrimas.
Em cima da mesa havia cinco pacotes embrulhados para presentes. Uma faixa escrito "Feliz Aniversário", enquanto isso Severus segurava um grande bolo vermelho com listras dourado, com pequenos leões vermelhos e dourados na base das duas camadas. Harry podia ver o nome dele com dois leões, um antes do Harry e outro depois do Potter. Ao lado direito dele estava Alvo Dumbledore, com seu óculos meia lua, na ponta do nariz torto, lhe encarando com aqueles olhos azuis, usando vestes roxas e um chapéu pontudo da mesma cor. A esquerda se encontrava McGonagall, com suas típicas vestes verdes. Hagrid estava atrás dos três, com os cabelos desgrenhados e barba selvagem que cobria grande parte de seu rosto. Ele enxugava as lágrimas com um lenço que um dia já deve ter sido branco, mas por conta da sujeira tinha as cores preta e marrom.
Emburrado em um canto, de braços cruzados estava... Draco Malfoy. Ele estava ao lado de duas caixas embrulhadas em papéis verde e prata.
Todos bateram palmas enquanto cantavam parabéns. Harry estava feliz, nem se importou com a presença de Malfoy.
Após o parabéns, todos comeram o bolo que tinha dois recheios. Chocolate e morango. O presente de Hagrid era o livro Quadribol Através dos Séculos. Minerva lhe deu uma bela capa vermelha e pôsteres de times de quadribol. Como ele não conhecia os times, ela deu os dos mais populares.
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O Novo Guardião de Harry Potter
RandomOs Dursley sofreram um grave acidente e Harry era órfão mais uma vez, precisando de um novo guardião.