6.

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— Desde quando você tem moto?

Era tarde da noite, o coreano julgava ser meia-noite ou um pouquinho mais. Mark havia pego Donghyuck em casa e agora estava com ele em um parque de diversões que estava razoavelmente cheio para aquela hora, mas até que era normal, era sábado, afinal.

— Desde que meu primo comprou uma nova — sorriu pequeno observando o céu estrelado.

Donghyuck o observou por uns minutos em silêncio enquanto terminava de comer seu algodão doce que Mark tinha feito questão de comprar para ele.

— Por que me chamou para sair?

— Porque queria me desculpar por ficar fugindo de você semana passada depois da festa de Lucas.

Mark agora o olhava, olhava principalmente os lábios carnudos que estavam com uma coloração meio rosada por conta do doce que derretia na boca, Minhyung engoliu em seco ao ver a língua também rosada de Donghyuck passar pela aquela região no intuito de tirar dali o resto do açúcar.

Donghyuck havia feito na inocência dessa vez.

— Tudo bem, eu entendo, eu teria feito o mesmo se fosse você — deu de ombros sorrindo e jogou o palito fora no lixo ao lado deles.

Podemos falar sobre como Mark estava naquela madrugada? Seus cabelos não estavam arrumadinhos tampando a testa ou deixando-a aparente, estava selvagem, bagunçados pelo vento e por suas mãos que tentava arrumá-los, o que era falho. Estava com uma blusa de manga longa com uma estampa que Donghyuck não conseguia decrifrar e uma calça de moletom bonita e em seus pés os famosos all stars pretos iguais ao de Haechan. Mark estava sem os óculos, era a segunda vez que o mais novo o via sem eles, amava vê-lo sem, Mark ficava mais atraente que o normal; parecia que seus olhos fofos e brilhantes se tornavam outros, ficava mais intenso, mais maduro.

Donghyuck sempre se arrepiava quando o encarava profundamente. Os olhos de Mark pareciam tão intimidantes sem os óculos, Hyuck podia ser engolido facilmente por eles.

O menor também tinha os cabelos um pouco desarrumados por conta do vento, vestia um moletom amarelo com a estampa de Van Gogh e uma bermuda preta. Ele vestiu a primeira roupa que viu, estava cansado demais para se aprontar e ficar todo gatinho. Mark amou vê-lo daquele jeito sendo ele mesmo.

— Seria muito louco eu falar que quero muito te beijar agora? — perguntou envergonhado.

Donghyuck estremeceu.

— Nem um pouco.

Mark sorriu com a resposta e se aproximou, as respirações quentes se tornando uma só e, então, tomou os lábios do outro para si em um ósculo calmo e um pouco desajeitado, os lábios quentes de Haechan fez um ótimo contraste com os lábios gelados de Mark. Hyuck sentiu então as famosas borboletas em seu estômago, ele adorou aquela sensação de ansiedade.

Ao minuto que se separaram para respirar sentiram uma quentura os percorrer e então, com pressa e desespero, tornaram a se beijar. Estava quente, muito quente para um outono, estava tudo muito intenso de repente.

— Minhyung... — o menor arfou baixo e abafado entre os lábios alheios quando sentiu as mãos do maior apertar sua coxa desnuda.

Mark pegou a mão do garoto os tirando dali com pressa os levando para o estacionamento do local onde estava a moto do mais velho. Ouvir aquele som bonito saindo do coreano foi a gota d'água.

— Pra onde vamos? — Donghyuck perguntou sem entender nada enquanto Mark colocava o capacete em sua cabeça.

— Para minha casa — colocou o menor sobre a moto e logo subiu colocando o capacete — Preciso fazer você gritar o meu nome a noite inteira.

Donghyuck tremeu e se arrepiou da cabeça aos pés, apesar de estar com as bochechas rubras, estava sorrindo satisfeito e feliz.

— Segure-se firme em mim, meu bem.

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