Tudo é sempre igual na aldeia

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A muito tempo em um reino distante havia um jovem príncipe, o que tinha de riquezas tinha de egoísmo, todos no reino o idolatravam e no seu vigésimo aniversário fizeram uma enorme comemoração, os portões do palácio foram abertos para toda a nobreza e riqueza, e a festa continuo mesmo após o sol se pôr, o Príncipe adorou toda a atenção que estava recebendo, mas no seu interior sentia que algo de ruim estava preste a acontecer, as portas do Palácio se escancararam com um forte vento que apagou todas as velas, da noite escura uma senhora muito velha entrou no Palácio.


— Saia daqui, sua feiura empobrece meu Palácio — o Príncipe disse com escarnio na voz


A senhora o alertou para não confiar nas aparências, ela não faria nada de mal só queria um lugar para descansar e em troca daria uma simples rosa.


— Eu não preciso da sua rosa, eu tenho jardins repletos de rosas — os convidados caçoaram da pobre senhora que pareceu não se importar


A beleza de suas rosas não faz a minha inferior, ela é especial, ela é magica, depois de falar essas palavras ela se tornou uma bela feiticeira.


— me desculpe! Eu não a reconheci — disse o Príncipe alarmado e implorando aos pés da feiticeira


Você julga os outros pelo que são por fora e esquece do que há no interior, agora todos verão o que á dentro de você, seu feitiço reverberou pelas paredes do Palácio e todos que estavam lá foram amaldiçoados e o Príncipe foi transformado em um monstro pelo resto dos seus dias.


— E o que acontece depois? — a pequena garotinha pergunta curiosa para o jovem garoto de cabelos castanhos e um sorriso tímido que lia seu livro encostado na fonte da pequena vila


— Nem todas as historias acabam com finais felizes Lucy, se você for como o Príncipe talvez não de tempo de consertar seus erros — o garoto se aproximou da pequena garotinha — Por isso temos que fazer o nosso melhor a cada dia


— Mas e se ele se arrepender? — a garota estava realmente chateada com o fim do livro— e se ele aprender a lição?


— É bonito ver que você acredita que as pessoas possam mudar — o garoto sorri para a garotinha — Aonde quer que esteja o Príncipe eu espero que ele tenha tido o mesmo pensamento que você


— Lucianne! — uma camponesa, mãe da garotinha a pega pelo braço e começa a arrasta-la de volta para a casa — você não vai fugir das aulas de costura


— Mas o Bell... — a mãe a puxa mais forte e o garoto vê aquela cena assustado


— Bellmont, você devia se envergonhar, enchendo a cabeça das crianças com essas.... baboseiras — Bellmont fica vermelho ao ouvir aquilo e se encolhe juntando seu corpo para mais perto da fonte — E você Lucy, seu lugar é costurando com as outras garotas não aqui tendo essas ideias absurdas


A garotinha chora e elas saem da vista do garoto, mas ele ainda consegue ouvir a pequena lucy chorando, ele coloca o seu livro na bolsa de uma alça que pende no seu ombro, e anda de volta para sua casa abatido.

Bell e o monstroOnde histórias criam vida. Descubra agora