Depois do para sempre 01

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Samovar se levantava cedo para preparar o café, ele arruma uma bandeja e leva para o quarto do amo e abra a porta bem divagar, ele vê que o amo estava acompanhado, Bell estava encolhido em seus braços, os dois dormiam, mas o sorriso não saia das suas bocas, ele sabia que os dois iam ficar envergonhados se ele comentasse por isso agiu como se aquilo fosse normal


— Bom dia Bell, amo, querem uma xícara de chá? — O príncipe se senta na cama ainda cansado e Bell envergonhado cobre seu corpo com o lençol — Temos muito para fazer hoje, a reunião com a vila vizinha será as três


— Sempre estragando o clima, samovar — O príncipe pega uma das xícaras e oferece a Bell que nega com a cabeça


— Esse é o meu trabalho senhor — Samovar estava feliz que os dois tinham se entendido, ele sente um aperto no peito ao lembrar como era essa sensação — Quer alguma coisa, senhor?


— Certo, chame Maurice e peça os arquivos do tesouro real — Samovar assente com a cabeça e sai do quarto deixando os pombinhos a sós


Ele anda pelos corredores do Palácio e memorias retornam, de sua falecida esposa, ele sentia falta de sentir o coração palpitar e de seu corpo se aquecer com o calor de outro corpo junto ao seu, ele para na porta de Maurice, mas ainda preso a memorias, ele as tranca novamente na parte mais funda da sua mente


— Senhor Maurice....

Ele abre a porta e vê que Maurice ainda está dormindo, ele abre a porta completamente e entra, Maurice era uma cópia mais velha do filho, os mesmos cabelos claros só com alguns fios brancos, e os mesmos olhos, a maior diferença era que Maurice era um pouco parrudo, samovar tinha o mesmo físico um pouco descuidado durante os anos, no tempo que ele ficou no Palácio Maurice deixou sua barba crescer o deixando mais sério.


Ele estava desenrolado, Maurice vestia uma blusa branca sem mangas e uma cueca folgada que deixava sua genitália solta e bem amostra, a cueca estava suja aonde ficava a cabeça do seu membro, ver aquilo era como ver o ressumo de todas as suas noites, ele se identifica com Maurice já que os dois eram homens viúvos


— Senhor, O príncipe está requerendo sua presença — Maurice se mexe um pouco e se levanta um pouco atordoado, e ao perceber que estava só de cueca ele tenta se cobrir rapidamente — Não se preocupe, eu não vi nada senhor, está tudo bem


— Samovar eu já disse para me chamar de Maurice, temos quase a mesma idade, eu me sinto ainda mais velho — Ele senta na cama tentando acorda


— Eu me sinto mais confortável assim, senhor — Samovar se sente um pouco envergonhado de estar naquele quarto, ele não sabia o motivo — Você quer que eu saia para... você sabe


— O que? — Samovar aponta para o membro de Maurice que dava sinais de vida e tentava sair pela perna da cueca — Ah! Desculpa eu.... nunca pensei que com essa idade ainda estaria fazendo isso


— Está tudo bem, eu entendo, ficar sozinho e ainda ter necessidade, faz você sentir falta de... tudo — Samovar se senta na cama um pouco cabisbaixo — eu me lembro de deitar na cama todo suado depois de concretizar meu amor e pensar que eu queria me sentir assim para sempre... o tempo passa tão rápido

Bell e o monstroOnde histórias criam vida. Descubra agora