um, não existe maravilhas no mundo.

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_____ oi, essa é a primeira fic que eu escrevo de wolfstar, eu estou muito empolgada então vamos lá: a família do Sirius são os Blacks, então coisa boa não se deve esperar. eles são um pouco fanáticos religiosos (e eu não tenho nenhuma intenção de ofender nenhuma religião aqui, okay? só mostrar o quanto o excesso as vezes pode fazer mal.) e bem preconceituosos e sem noções, então

AVISO: HOMOFOBIA, TRANSFOBIA, ABUSO PSICOLÓGICO E AGRESSÃO FÍSICA.

nenhuma das coisas citadas são descritas com detalhes, mas serão mencionados tais episódios durante todo o decorrer da fanfic.
e também tem CÁRCERE PRIVADO (é a segunda vez  que eu escrevo algo com esse tema e talvez eu deva mudar a maneira de agir dos meus "vilões" ;-;).
_____ esse capítulo é grande mas vai mostrar como esse universo funciona: as pessoas tem desenhos no pulsos que ardem quando elas tocam sua alma-gêmea pela primeira vez, e isso gera bastante conflito entre ideologias e crenças e sobre o que é o amor e o que é o destino entre os personagens.
_____ e, por algum motivo, essa história me lembra de duas músicas: Home - Edith Whiskers e Welcome Home, Son - Radical Face (nos próximos capítulos você provavelmente vai enteder o porquê hihi).
_____ é isso tenham uma boa leitura :)






um, não existe maravilhas no mundo.



As paredes dos hospitais eram brancas demais.

 Elas eram tão brancas que faziam Sirius ficar tonto só de olhar para elas. O que devia fazer as pessoas se sentirem calmas e confortáveis na verdade as faziam querer fugir dali, doidas para receberem seu diagnóstico e ir embora, correndo para o lugar em que se sentissem melhores e saudáveis e felizes. Talvez fosse as paredes brancas que as fizessem querer fugir, talvez fosse só o fato de estarem em um hospital – coisa boa isso não era – e talvez não fosse nada, só Sirius pensando demais por causa do silêncio no corredor.

 Maldita plaquinha na parede, que mandava as pessoas fazerem silêncio mesmo que ninguém se sentisse empolgado para conversar e festejar em um hospital.

  E se ela estava lá, por algum motivo bobo, mandando e mandando, Sirius iria obedecer, balançando suas pernas no ar e olhando para os lados em busca de alguém, qualquer alguém que pudesse lhe dar notícias sobre o que estava acontecendo do outro lado daquela porta gigante. Sirius iria obedecer porque não era bobo, pois sabia o que acontecia quando ele desobedecia, e não era nada legal, então iria continuar esperando até a porta se abrir, com ele sendo liberado para ir atrás de seu irmão.

 Mas isso nunca aconteceu. Crianças não podiam entrar na área de maternidade do hospital e então Sirius só viu Regulus pela primeira vez no carro, muito pequeninho e dorminhoco enquanto aproveitava o colo de Walburga pelas primeiras vezes sem nenhuma preocupação na mente. 

 Sirius viu seu irmão pela primeira vez e ele não lembraria disso, da imagem de Regulus embolado em um cobertor azul felpudo e do sentimento de amor e carinho que sentiu. Sirius viu seu irmão pela primeira vez e a única coisa que ele lembraria era que o amava, e que ia o proteger de tudo no mundo.

 Isso incluía Walburga e Orion.


 Regulus foi batizado e foi lindo, a água divina escorrendo por sua testa enquanto o pastor pregava profecias maravilhosas sobre sua vida, cheia de graça e bênçãos que faziam Walburga e Orion sorrir e,consequentemente, Sirius fazer uma careta, não entendendo nada e não gostando nenhum pouco dos olhares esperançosos demais para cima de Regulus.




the wonders of the world, WOLFSTAROnde histórias criam vida. Descubra agora