Não me provoque , bruxa!

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O jantar foi tranquilo, era impossível não rir com a mãe de Nami implicando com ela a cada cinco minutos. Estavam todas empolgadas para a festa do dia seguinte e aquilo estava me fazendo imaginar que tipo de festa seria, talvez fosse algo totalmente diferente do que eu esperava.

– Eu vou subir porque preciso dormir cedo. – Bell Mere foi a primeira a se levantar da mesa.

– Pode deixar que eu lavo a louça. – Nami ofereceu.

– Eu ajudo. ­– Nojiko se poes a recolher os utensílios.

– Não precisa, Zoro me ajuda. – piscou em minha direção. – Não é mesmo querido? – sua voz saiu com divertimento.

– É claro que sim, amor. – o uso daquela palavra causou o efeito que eu esperava, Nami arregalou os olhos e suas bochechas ficaram vermelhas. Nojiko notou a vergonha da irmã e acabou sorrindo.

– Tudo bem. Boa noite para vocês.

– Amor? Você está realmente empenhando nessa farsa. – ela me provocou após ver que a irmã havia se afastado o suficiente.

– Não posso perder a chance de ver essa sua cara de desespero. – parei em sua frente pegando os pratos de sua mão deixando um beijo em sua bochecha. – É muito divertida. – se ela queria me provocar eu também podia fazer o mesmo.

Iniciei o processo de lavagem dos pratos, ela não demorou para se juntar a mim, ia secando e guardando o que eu lavava.

– Amanhã parece que vai fazer um dia de muito sol. Vou te levar para conhecer a fazenda.

– Parece ser um lugar bem grande.

– É sim, tem um lugar específico que quero te levar.

– Não vai me jogar de um penhasco né? – perguntei sorrindo de lado, Nami levou a mão até o queixo como se pensasse na hipótese.

– Admito ser uma boa ideia. – riu em meio as palavras. – Mas não posso estragar o dia da minha mãe, sem dizer que não tem nenhum penhasco por perto.

– Bom pra mim. – me permito sorrir. – É legal isso – ela me olha de soslaio esperando que eu continue a frase. – Esse carinho que você tem com sua família. É bonito.

– Ahh. – ela parecia surpresa. – É normal eu acho. Sou eternamente grata a Bell Mere por ter me adotado. – agora era eu quem estava surpreso.

– Não sabia sobre isso.

– Não tinha como saber. – ela sorri. – E você Zoro? E sua família?

– Eu não sei. – fui sincero e ela parou o que estava fazendo. – Quero dizer, ninguém veio atrás de mim, então segui da maneira que pude.

– Sinto muito. – ela apoiou a cabeça em meu ombro. Fechei a torneira e puxei seu corpo para mim, Nani escondeu o rosto em meu peito, dei um beijo em sua cabeça. – esse tipo de atitude já havia se tornado normal e eu não fazia ideia de quando.

Não se preocupa. Estou bem. – ela me abraçou mais forte. O clima acabou ficando melancólico demais, e eu era péssimo em lidar com esse tipo de coisa, e fiz a coisa mais idiota que podia. Invadi a blusa de Nami tocando sua pele com as mãos ainda molhadas.

Ahhhhh ZOROOO SEU IDIOTA. – ela deu uns tapinhas em meu peito se afastando. – Eu vou te matar.

Você pode tentar. – sorri a provocando.

Idiota! – repetiu, mas tinha um sorriso nos lábios. – Eu vou subir, preciso de um banho. – como se um raio passasse por meu corpo senti um arrepio na nuca, Nami veria agora que só tinha uma cama no quarto. Com certeza ela me mataria por isso. Mesmo não sendo minha culpa.

Pretending - ZoNamiOnde histórias criam vida. Descubra agora