Tensho Ikari, carinhosamente apelidado de Tenshi, não tem qualquer tipo de objetivo em sua vida, viveu sob as condições de seus parentes a vida inteira. Em desesperança e sem aceitar mais aquela situação, Tenshi decide rever seu irmãozinho de criaçã...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Eu preciso ir agora. — Kisaki disse agachado ao lado da banheira, as mangas da sua blusa social enroladas até os antebraços para evitar molhar enquanto ajudava Tensho no banho. — Você vai ficar bem se eu for?
Tensho se encontrava apreensivo desde que começou a sentir febre e dores de cabeça pelo resfriado. Detestava ficar doente, eram os piores momentos por ter que se cuidar sozinho, o simples fato de ter germes correndo pelo seu corpo livremente o incomodava como o inferno. Odiava essa sensação de fraqueza. Ele gostaria ao menos de ter avisado para Kisaki se afastar antes de vomitar em todo o seu paletó e parte da roupa de cama. Ele fez uma nota mental de não enfiar o pé na jaca quando fosse beber outra vez.
Seus olhos violetas encaravam o grande espelho embutido na frente da banheira, estava a uma boa distância, mas ainda podia ver a própria aparência sem obstáculos. Sua pele continuava da mesma cor parda, seu cabelo cortado curto no estilo shaggy com seus cachos ondulados prevalecendo, estava mais forte, mas não tanto quanto no seu futuro original. Descobriu algo inusitado quando suas roupas sujas foram retiradas, ele tinha um piercing no pênis, a porra de um piercing no bilau.
Definitivamente esse meu eu jogou tudo pro ar e foi feliz.
Num suspiro profundo e cansado, Tensho se virou para o outro, ignorando o momento em que a esponja que usava para lavá-lo caiu pelo rapaz ter se voltado a ele tão de repente.
— Não pode ficar mais um pouco? Eu vou me sentir mal por deixar você ir assim... — Apontou despreocupadamente para a barraca nas calças do de óculos, que se tornou rubro por todo o rosto enquanto tentava disfarçar suas calças de forma falha. — Acredito que um homem não possa trabalhar direito de pau duro.
— Isso não vem ao caso! Esqueça isso! — Usou o chuveirinho para molhar a cabeça de Tensho, não só para lavar seus cabelos curtos como para fazê-lo se calar. — Posso sobreviver, você é quem está doente.
Tão fofo todo envergonhado, quem diria que poderia ver uma expressão desse tipo no Saki. É divertido.
Continuou olhando para o homem, achando atraente como ele sempre perdia a pose séria quando percebia que era observado de forma um tanto perversa por Tensho. Kisaki sabia o quão maldoso o rapaz podia ser, tinha vezes que chegava a ter um pouco de medo dele, mesmo que ainda tivesse essa carinha de menino inocente. Tensho era mimado por todos, mesmo sendo um adulto de quase trinta anos, e claro, ele não era muito diferente, o mimava igualmente pior do que os chefes.
Tensho fez um biquinho ao ver o cenho franzido do outro se contrair.
— Se é o cheiro de vômito que te preocupa, eu já escovei os dentes. Se bem que se eu for te chupar, vou ter que escovar de novo... Sêmen não tem gosto de leite, sabe? — Comentou num bocejo sonolento, adorando ver as reações do outro com suas provocações.
— Acho que você pode tomar banho sozinho daqui. — Ajeitou seus óculos que escorregaram, evitando olhar para garoto implicante não ver como seu rosto estava febril. — Se quiser algo peça ao guarda na porta e não apronte de novo.
