Part 49

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- Tem certeza, doutor? Tá tudo bem mesmo? Minha filha tá bem?

Após fazer todos os exames, tudo que precisava ser feito e tudo que não precisava também, finalmente elas conseguiram respirar.

- Sim! Como eu falei, nos primeiros meses, apesar de muita gente se assustar pensando que é algo sério, é normal ter alguns sangramentos! De qualquer jeito, foi bom vocês virem aqui e caso aconteça novamente, vou recomendar que venham! Porque é preciso checar se foi por algo mais simples, ou mais grave!

- Ok! – Kara soltou a respiração com força, alisando a própria barriga junto a Lena, que não tirou a mão por nenhum segundo sequer.

***

O quarto mês chegou e com ele, um alivio de alguns sintomas que estavam deixando Kara aflita, como alguns enjoos que ela ainda tinha e a mudança de humor, que ainda acontecia, mas tinha diminuído um pouco.

Porém, ela se sentia muito mais acelerada o que fez com que ela só parasse em casa quando Lena estava. Passando os dias em Cat, Nia ou Lívia, sempre revezando entre elas. Também tinha marcado shopping com Nina e Sam. Andrea era a única que não tinha conseguido sair ainda, porque o horário dela era o mesmo do de Lena, e Kara sempre queria estar em casa nesse horário.

Os dias que ela ia pra Nia, notou que voltava um pouco mais ansiosa, ela tinham algumas conversas que a deixavam assim, então quis se afastar um pouco.

As consultas com a psicóloga estavam cada vez melhores e Kara estava se conhecendo. Parando pra prestar atenção no que lhe agradava ou desagradava e notando suas qualidades bem mais que seus defeitos.

Em uma das consultas, a que Lena foi com ela, uma das atividades foi descrever as qualidades uma da outra e Kara ficou completamente perdida em Lena enquanto ela descrevia com todo o amor, qualidades que ela nem sabia que tinha.

Fora isso a rotina continuava a mesma. De manhã era o Yoga, depois ela ia pra casa de alguém e ficava lá até a hora da natação ou psicóloga. No dia que tinha natação, não tinha psicóloga e visse versa.

E com toda essa ida e volta, Lena decidiu contratar Oliver como motorista novamente, então era ele quem levava Kara pra qualquer lugar que ela quisesse.

À noite, quando Lena chegava, ela já estava em casa e completamente apaixonada, pois a cada dia que passava e Lena continuava a mesma, ela vibrava em alegria e em silencio, ninguém mais precisava saber que isso era um motivo de comemoração diário.

- Lee! – Kara a chamou.

Ela estava sentada na ponta da cama pensando, enquanto Lena terminava de ajeitar alguma coisa no quarto de Lori, ela não tinha dito exatamente o que ajeitaria, mas não era nada que Kara entendesse. Algo sobre simetria.

Vestia apenas uma camisola de cor vinho.

- Oi, meu bem! – Lena apareceu na porta. Tinha uma régua e papel na mão.

- Já terminou lá?

- Ainda não! Mas, to perto. É o que? Você tá bem?

- To. Vem cá! – Kara chamou com um gesto na mão.

Lena se aproximou, sua expressão tinha preocupação e curiosidade. – Diga! – Lena parou em frente a ela.

- Nada! – Kara, ainda sentada, puxou Lena pelo pescoço levemente fazendo-a inclinar o corpo, e a abraçou. – To com saudade só!

Lena jogou a régua e o papel e a abraçou, deixando beijos pelo pescoço da loira. – Ah, é? Tá com saudade?

- To!

Tudo Que Você Nunca Teve - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora