NONO MÊS
Se o oitavo mês tinha sido estressante, Kara não sabia o que esperava.
Ela tinha certeza que sua barriga havia alcançado o tamanho máximo, porque não era possível que crescesse mais que aquilo e já não sabia mais o que fazer com o desconforto para dormir.
E claro que não era só pra dormir, ela também sentia durante o dia, mas era mais tranquilo porque ela poderia mudar sempre de posição ou lugar, tomar banho de piscina que a relaxava bastante.
Mas, a noite a coisa complicava, era o horário que ela só queria apagar e acordar apenas no outro dia. Coisa que estava ficando casa vez mais difícil. Era mais de meia hora só pra achar uma posição, fora as acordadas que dava de madrugada.
Em uma consulta descobriram que a data prevista pra ela nascer seria 25 de fevereiro, então estavam literalmente contando os dias, mas já sabendo que ela poderia vir uns dias antes ou uns dias depois.
Coisa que assombrava, porque ser pega de surpresa é claro que seria mais assustador.
Apesar de que o desejo de Kara que Lori nascesse logo, por N razões, acabava a impedindo de ficar realmente com medo. O sentimento era de expectativa. Completamente ansiosa para que acontecesse logo.
Queria saber a aparência, sentir o cheiro, pegar as mãozinhas e pezinhos, ver ela respirando, beijar a cabeça com os cabelos provavelmente ralos. Ter ela em seus braços, era isso que Kara queria.
Na consulta também conversaram sobre como Lori iria se mover menos no nono mês e que não era pra se preocupar, era normal. Os seios vazando leite seria mais frequente também e Kara perguntou sobre um corrimento vaginal que estava tendo. O médico falou que era normal também e que daqui pro nascimento poderia aumentar um pouco mais.
Sobre o sexo, ele disse que poderiam e que era recomendado que continuassem fazendo que só trariam benefícios, como melhorar o condicionamento físico e a massa muscular que são tão importantes no trabalho de parto. E fora que o orgasmo libera um hormônio importante para a gestação.
Lena não podia estar mais sorridente quando escutou a noticia e perguntou sobre as posições. O médico afirmou que a melhor posição era definida pelo casal, mas que claro não fosse algo que forçasse a grávida.
E como todo mês as coisas mudavam, a posição que Kara agora se sentia mais confortável era a de lado e ela basicamente não estava fazendo mais esforço, então eram poucas as vezes que ela ficava por cima, se limitando a Lena por cima ou de ladinho.
Com o passar dos dias Kara estava se sentindo cada vez mais energética. Era uma mistura de impaciência por não estar fazendo nada, com uma vontade de descansar porque era difícil encontrar uma posição boa para relaxar.
- Moça, eu acho que tinha sido ali que vi uma mancha, olha aqui pra mim por favor! – Kara dizia a mulher da limpeza.
Ela estava sentada no sofá e de repente se lembrou da mancha que tinha visto na cozinha e tudo que ela queria poder era se abaixar pra limpa-la, estava nervosa quanto a isso e não conseguiu relaxar pensando nela.
- Essa aqui? – A mulher perguntou.
- Isso! Essa mesma. – Kara suspirou aliviada. Queria que tivesse sido ela mesma limpando, mas já que não podia, se contentaria com isso.
Escutou chaves batendo em algum lugar da sala e reconheceria esse barulho em qualquer lugar. Ele indicava que Lena tinha chegado. Agora a questão era, o que Lena fazia em casa a essa hora? Ainda não tinha nem dado o horário do almoço.
- Meu bem? – A voz de Lena soou pelo ambiente e Kara foi andando devagar até a sala.
Lena estava entrando no corredor que dava para o quarto.
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Tudo Que Você Nunca Teve - Karlena
Fiksi Penggemar*Lena G!P* Kara vive em um casamento infeliz e cansativo. Decidida que viveria o resto da vida nessa prisão, até que ela conhece Lena, uma arquiteta conhecida, e começa a repensar todas as suas decisões.