A delinquente escondida

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Logo após tomarmos café da manhã em uma lanchonete bem simples e comum, voltamos novamente para a estrada onde senti ficar umas três horas segurando a cintura de Draken enquanto ele voava a toda velocidade com sua moto, passando por carros e outras motos, a sensação de sentir o vento no rosto era revigorante e me lembrava das vezes que brincava na borda dos prédios segurando a mão do meu irmão, era a mesma sensação de liberdade só que experimentada de um jeito diferente, quando a moto parou eu agradeci mentalmente por poder descer e esticar minhas pernas, estávamos em um bairro de lojas e havíamos parado em frente a um pequeno restaurante de massas.

Draken- O endereço é esse.

- Vamos entrar.

O lugar era minúsculo e só havia um espaço onde ficava uma bancada de madeira com cadeiras para os clientes se sentarem e comerem, as paredes eram amarelas e davam o aspecto de já estarem velhas assim como tudo ali dentro, em cima da parede ficava o cardápio e uma cortina separava a cozinha do balcão de atendimento que era o mesmo de comer. Havia uma pessoa sentada de costas ali e eu logo reconheci pelos cabelos louros.

- Mikey!

Mikey- Hum?

Mikey se vira de lado nos olhando cheio de macarrão na boca, o que ele estava fazendo ali?

Draken- Fala aí Mike.

Mikey- Eaí Kenzinho! É bom te ver de novo Mya!

- Eu fico feliz em te ver também, mas... O que está fazendo por aqui?

Draken- Eu chamei o Mike pra ele vir com a gente.

Mikey- Esse lugar faz um macarrão ótimo! Você devia experimentar Mya!

- Talvez depois...

Draken toca um sininho em cima do balcão e um senhor idoso baixinho e corcunda trajando roupa de cozinheiro, passa cortina.

- O que desejam?

Draken me dá uma cotovelada e eu dou uns passos para frente.

- E-eu recebi esse cartão postal onde tinha uma mensagem e um endereço atrás... Não diz quem foi que escreveu mas talvez o senhor conheça as siglas do nome...

Eu entreguei o cartão para o senhor idoso e ele apertou os olhos para ler enquanto aproximava o cartão dos olhos, depois de algum tempo ele me devolve.

- Eu não tenho funcionários, então não pode ter sido alguém daqui.

Sinto uma pontada no peito e um soluço subir minha garganta.

- O senhor tem certeza? Qualquer coisa que se lembrar pode me ajudar eu...eu realmente preciso achar quem escreveu esse cartão!

O idoso faz uma cara pensativa enquanto segurava o queixo com uma das mãos, ele arqueia uma das sombrancelha.

- Bom esse cartão pode ter sido mandando pelos antigos donos daqui...

- Antigos donos?

- Esse lugar era uma loja de peças para motos, mas o pessoal daqui não conseguiu pagar o aluguel e se mudaram.

- O senhor conhece algum deles? Dos donos? Ou sabe para onde eles foram?

- Não...nunca vi eles.

Suspiro desiludida enquanto guardava o cartão em meu bolso e ia dando as costas, Draken e Mikey que havia parado de comer para me escutar estavam os dois me olhando.

- Mas eu acho... Deixa eu ver...

O senhor idoso volta para a cozinha e eu me viro enquanto fico lhe esperando, depois de alguns minutos ele volta segurando um outro cartão de cor negra, ele me alcança, era um cartão do antigo estabelecimento, que só continha uma mensagem.

A garota da gangue: Tokyo Revengers 1° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora