Sweet Lies -Dramione (Livro 1)

Capítulo 21

Bônus Theo e Gina

Theo

Por que continuo fazendo isso?

Minha mente me pergunta assim que tiro o preservativo de mim e o amarro jogando no lixo.

-Seu marido não desconfia?-Pergunto a Cho que está deitada em sua cama enquanto fuma um cigarro.

-Oliver é muito ocupado... aposto que também deve estar fodendo outra garota que tenha metade de minha idade. -Revira os olhos. -E sua esposa?

-O que tem ela?

-Ela não desconfia? -A olho e subo minhas calças não respondendo sua pergunta. -Ela é bem calada.

-Não gosta muito de socializar. -Comento e não deixo de dizer a verdade.

-Ela é bem... estranha, não fala com ninguém, é de se entender que você  a traia. -Me viro para ela bravo.

-Lave sua boca para falar da minha mulher, você é uma puta Cho... Gina pelo menos se dá ao respeito. -Visto a camiseta enquanto ela me olha indignada.

-Olha você como fala comigo, eu posso destruir seu casamento. -Dou os ombros.

-Apareça apenas na porta de minha casa e Gina acaba com você. -Pego meu celular e carteira e saio do quarto.

Foi a última vez, já chega, não quero que a vizinhança conheça Gina como a esposa traída, ela é muito mais do que isso.

Caminho despreocupado na rua, o que Hermione me disse no velório de Pansy é verdade, não posso desistir de Gina.

Principalmente porquê ela já desistiu de si mesma há anos.

Não sei o que eu sinto por ela, sei que seu passado é bem diferente do meu, tive pais presentes, cresci cheio de coisas a minha volta, mas ela, ela teve isso e depois perdeu tudo.

Nada entra em minha mente que ela é aquela garotinha trêmula que atendeu a porta quando foram prender Arthur, ela não deve se lembrar, mas eu a vi, de longe, mas vi.

Se tornou uma bela mulher, mas uma péssima pessoa, não a julgo, ter um lar destruído não deve ter sido fácil.

-Querida, cheguei. -Anúncio quando abro a porta e entro em casa.

Tudo está em silêncio, normalmente a casa fica um pouco barulhenta com ela aqui, só ouço um barulho na cozinha.

Ando até lá, paro quando vejo Gina passar as mãos pelos armários procurando algo enquanto geme de dor.

-O remédio para dor não está ai. -Aviso, pois eu o tirei.

-Pode me dar? -Pergunta ainda virada de costas.

-Não enquanto você não falar aonde se machucou. -Chego mais perto, mas ela não se vira.

-Eu cai, dá escada. -Dá a mesma versão.

-Mentira. -Cruzo os braços atrás dela. -Você não caiu.

-Você não estava lá para ver. -Se defende.

-Não, mas eu só acredito vendo. -Falo e ela se vira.

-Vá se foder. -Fico parado por um tempo.

Seu rosto está machucado, o lábio cortado, a sobrancelha também e uma parte de seus olhos está roxa. Antes que ela saia seguro seus braços.

-Não. -Falo. -Quem fez isso com você Gina?

-Me deixa em paz. -Tenta se soltar, mas agora seguro em sua cintura e a trago para perto de mim.