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Harry precisava clarear a cabeça, e a melhor maneira de fazer isso agora era vagar pelo castelo como um gato. Ele precisava se distrair de suas dúvidas e dos pensamentos sobre Ginny, então saiu da sala comunal e se transformou no gato e trotou pelo corredor. Ele não tinha saído há muito tempo quando viu Draco Malfoy andando rapidamente com um pedaço de pergaminho na mão. Harry estava curioso para saber o que o furão estava fazendo, então o seguiu silenciosamente, permanecendo nas sombras. Não demorou muito para que Harry percebesse que Draco estava indo para as masmorras, especificamente para o escritório de Snape. Draco parou na porta e bateu duas vezes.

Um momento depois, a porta se abriu e Snape ficou atrás dela.

— Entre, Draco — ele disse gentilmente - bem, gentilmente para Snape, de qualquer maneira.

Harry estava se sentindo um pouco imprudente, então nem tentou se esconder enquanto seguia Draco.

— O que... — Draco quase tropeçou quando Harry correu entre suas pernas.

Snape suspirou.

— Gato, o que você está fazendo aqui embaixo?

— Ele é seu gato? — Draco pareceu surpreso.

— Não — Snape negou. — Mas ele aparece com bastante frequência. Ele pertence a alguém da nossa casa?

— Não que eu saiba — Draco balançou a cabeça.

— Não importa — Snape acenou. — Me siga.

Ele conduziu Draco até a parede onde ficava a porta de seus aposentos privados. Os três entraram e Snape fez sinal para que Draco se sentasse no sofá. Snape sentou-se à sua frente, do outro lado, e disse em voz alta:

— Chá, por favor. — Quase instantaneamente, um conjunto completo de chá apareceu ao lado do sofá. Ele serviu uma xícara e entregou a Draco.

— Beba — ele ordenou. — Vejo que você atendeu meu pedido — disse ele enquanto soprava seu próprio chá. Harry pulou no sofá entre eles e Snape deu um tapinha em seu colo em convite, onde Harry se enrolou e sentou, olhando para Draco.

Draco assentiu.

— Você queria me ver.

— Eu queria — Snape afirmou com um aceno de cabeça. — Falei com seus outros professores; você está indo muito bem em todas as aulas.

Os olhos de Draco brilharam com raiva.

— Eu não sou uma criança que você precisa verificar!

Snape permaneceu calmo.

— Não, mas como alguém que provavelmente servirá de referência para qualquer estágio que você escolher, acho que é necessário que eu tenha uma visão geral do seu desempenho.

O rosto de Draco relaxou.

— Você faria isso por mim, senhor?

— Claro — Snape parecia quase insultado.

— Mesmo depois — Draco olhou para seu chá, — depois de tudo que eu fiz? Depois de tudo o que aconteceu?

— Todos nós cometemos erros, Draco— Snape parecia simpático.

— Sim, mas, mas ninguém nunca mais vai confiar em mim — Draco se desesperou. — Nunca vou encontrar um bom emprego.

— Você vai — Snape assegurou-lhe, tomando um gole de chá. — Eu vou me certificar disso.

— Por que você — Draco parecia cético, — você sabe, fez isso por mim? Eu fui horrível com você. Minha família inteira foi.

— Sim, mas eu ainda testemunhei em seu nome — Snape o lembrou.

Unregistered | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora