CAPÍTULO 5 - UM TIRO?

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Acordei, abri os olhos, sentia dor em todo o meu corpo. Dilan estava deitado ao meu lado com a uma mão sobre a minha barriga como se estivesse me abraçando, e uma cordinha unindo a mão dele à minha. Com alguns sussurros consegui o acordar, e indaguei olhando em direção à mão dele:

- O que significa isso?

Sonolento, com os olhos entreabertos, ele disse:

- Fiz isso para te proteger e para me sentir seguro também. Caso alguém tentasse te levar eu iria sentir.

- Obrigada! Gostei da idéia. -agradeci. - Mas desamarre isso!

Devagar ele levantou e com cuidado desamarrou nossas mãos. De repente um estrondo cortou a silêncio, algo semelhante ao barulho de um tiro, assustada coloquei uma das mãos em volta da boca, e senti uma enorme vontade de sair correndo. Dilan fez o mesmo, e fizemos o sinal de "shh" um para o outro.
Assustados, e em alerta, decidimos espiar pela entrada da cabana. O lugar aparentava estar completamente vazio, e o silêncio voltara a reinar.

Apreensiva, sussurrei:

- Dilan. Vamos embora!

Ele respondeu sussurrando:

- Está louca? E se aquele barulho for de um tiro? E se formos os próximos a desaparecer? Eu não quero morrer tão cedo...

Dilan ainda estava falando quando peguei minhas coisas e saí da cabana. Em seguida ele rapidamente saiu atrás de mim. Enquanto caminhava, disse:

- Achei que você fosse ficar.

- Quase fiquei, mas pensei bem e sei que juntos somos mais fortes...

Sorri e falei:

- Imaginei que diria isso.

Acrescentei:

- Temos que andar com muito cuidado por aqui. Talvez você esteja certo, alguém armado pode estar por perto.

Balbuciando, ele indagou:

- E se nos encontrar?

Parei de caminhar e falei olhando fixamente nos olhos dele:

- A gente foge o mais rápido possível.

Depois da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora