Capítulo I - Perdas e Reencontro

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Formatura, diversos dos colegas de Izuku sonharam com aquele dia. Porém, o jovem rapaz de 18 anos apenas ansiava com a faculdade de pedagogia, sua verdadeira vocação e o mar de possibilidades que em sua mente surgiam com ela. Lecionar era uma arte a qual sentiu ter o dom ao ser tantas vezes professor de crianças para arrecadar uma renda extra para casa, como amou cada momento passado ao lado delas e seus rostos de satisfação ao entenderem a matéria. Não sonhava com a algazarra ou a bebedeira na universidade e sim com o estudo e em como aprenderia coisas novas até sua entrada no mercado de trabalho, onde seria o professor que sempre quis. Sem perceber, estava a resmungar em como seria a universidade, seu então namorado, Todoroki Shouto, achava adorável aquele jeitinho do ômega.

Logo chega a hora do baile após terem sido entregues os diplomas, rapidamente Shouto pega Izuku para a valsa, nem se importando para os olhares recriminatórios de seu pai, o qual não aprovava nenhum pouco sua relação com um ômega recessivo e o vendo como indigno de seu filho - um alfa doninante. No entanto, Shouto jamais se importou com isso, ele amava Izuku do jeitinho que ele era e ansiava em terminar a escola para poder ter uma vida com ele, a sós, longe de sua família conservadora.

Izuku ficara encantado ao ver todo aquele carinho dos olhos bicolores revelavam a sua pessoa. Se via em outro plano ao ter eles dirigidos a si. Como amava aquele alfa com todo seu coração. Encostou sua cabeça no ombro de Shouto se permitindo apreciar a dança e o momento dos dois.

Os dois recém formados estavam de smoking preto, Izuku de gravata borboleta verde e Todoroki com uma gravata vermelha com detalhes em branco e azul. Desse modo, dançaram a noite inteira, e quando seus pais deram por falta deles ambos já estavam bem longe dali. Retiravam com deveras pressa as vestes ansiando pelo contanto pele a pele.

Assim passaram a noite, juntos, sem se importar com o futuro ou o passado. Somente seus corpos deslizando e os beijos necessitados importavam. Ao ser acordado por selinhos no outro dia, Izuku se perguntou como seria viver todos os dias assim. Acordou sorrindo para seu amado, o qual também sorria para si.

Os dois jovens amantes se encontravam num hotel barato que o pouco dinheiro restante nos bolsos pode pagar. Comiam um ramen que Shouto comprara.

- Estava pensado em morarmos juntos num lugar perto da universidade, arrumamos um trabalho de meio período e pagamos as contas e o aluguel. Que tal, Izuku? - Indagou Shouto com um semblante pensativo.

Izuku apenas sorriu bobo se acomodando melhor no colo do namorado. Sonhando com a faculdade, seu futuro pequeno apartamento com Shouto e como seria chegar em casa e ver aquele que ama lhe esperando. Seu corpo fervia em expectativa e êxtase.

Midoriya dá um selinho em Todoroki o qual fica corado pela atitude do companheiro. Rapidamente retornando a falar do futuro dos dois.

O sonho de Todoroki era cursar arquitetura e se tornar arquiteto, contrariando o pai, o qual desejava ver o filho fazendo administração de empresas ou economia para assumir a liderança do negócio da família que perdurava há três gerações.

No entanto, os planos do jovem casal vão por água baixo. O pai de Shouto para sua total surpresa o enfia em um avião para os EUA onde cursaria na melhor universidade para assumir o controle da empresa. Shouto sequer conseguiu conversar com Izuku, havia sido pego de surpresa. Por estar sobre vigilância o tempo todo nunca conseguiu retornar para o namorado. Dessa forma, Enji havia conseguido o que mais queria, separar aquele casal o qual sempre desaprovou desde quando começaram a namorar com 15 anos.

O pobre Izuku ficara extremamente abalado ao descobrir da ida do companheiro para o exterior, pois sabia plenamente do desejo dele em cursar arquitetura na universidade de Tóquio e morar consigo. Seu coração doía e a garganta secava toda vez que recordava do seu primeiro e único amor do outro lado do oceano. Seu peito ardia e sentia seu coração se partir em pedaços ao ouvir do genitor de Shouto o quanto era um ômega desprezível e por isso seu filho havia ido embora sem avisá-lo. Como doía, perder quem mais ama pela distância e não poder fazer-se nada a respeito, posto que Izuku não tinha dinheiro para ir vê-lo e sequer conseguia falar pelo telefone, Enji deveria ter dado cabo disso.

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