Capítulo V - Eu aceito.

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Izuku assistia aula a muito custo, tamanho era seu sono e as pontadas no quadril. Corou levemente ao lembrar da noite passada com Shouto. Um sorriso bobo brincou em seus lábios, não se arrependia nenhum pouco do que fizera naquela noite. Passou cinco anos longe do namorado, desse modo, eles passavam boa parte do tempo livre tentando matar essa saudade de anos.

Já faziam cerca de três meses que moravam juntos. O apartamento do esverdeado já estava pronto, contudo, ficou claro que ele não voltaria para lá. Afinal, nenhum dos dois queria isso. Ambos se amavam demais para se separararem.

Izumi estava feliz da vida morando ali, o quarto dela começava a ganhar vida. Parecia-se cada vez mais com um quarto infantil. Haviam pintado o céu estrelado no teto dele em uma tarde de domingo. Os olhos da garota denunciavam o quanto estava animada com tudo isso.  Passava o dia a brincar na sua casinha de bonecas e a criar histórias de fantasia na companhia de Shouto ou Izuku. Os dias naquele micro apartamento com seu pai ômega pareciam nunca ter existido.

Shouto havia iniciado seu serviços para a Companhia Ingenium e já mostrava resultado. Iida Tenya, amigo de Izuku e filho dos donos da empresa, era extremamente respeitoso com Todoroki. Não podia negar o quanto ele aumentou os lucros da empresa em tão pouco tempo. Apesar de nunca ter sido seu sonho forma-se em administração de empresas, aprendera a gostar de trabalhar com isso, se indetificando com o trabalho.

Totalmente alheio ao mundo ao seu redor, é tirado de seus pensamentos por Uraraka que o puxa para o almoço.

– Vamos Izuku-kun, já tocou! – Diz a beta o puxando.

– Ah, certo.

Logo vão até o refeitório e se encontram com a galera do dia da cafeteria.

– Midoriya, iai brô? – Disse Kirishima.

– Iai. – Respondeu.

– Vamos sair hoje, quer ir com a gente? – Perguntou Jirou que trazia um violão nas costas e o colocava ao seu lado quando se sentou na mesa.

– Posso mesmo? – Perguntou o incrédulo Midoriya, nunca o convidaram para sair.

– Claro, você é sempre bem vindo, Midoriya. – Disse Kaminari, tirando os fones de ouvido para escutar melhor a  conversa.

– VOCÊ TÊM QUE IR, IZUKUUUUUU! – Exclamo Mina, bêbada. Ela passou a noite enchendo a cara e ainda bebeu no almoço. Pelo o que entendeu Izuku, a namorada terminara com ela na noite anterior e, por isso, estava bebendo até na faculdade. Nas palavras de Ochako: "afogando as mágoas na bebida".

– Vai, por favorzinho! – Disse Uraraka, há tempos tentava levá-lo em saideiras, mas sem sucesso.

– Tudo bem, então eu vou. – Declarou derrotado.

A mesa fez uma comoção, felizes em conseguirem fazer Izuku ceder.

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– NÃO! – Gritou Hatsume no corredor da universidade para o namorado.

– Por quê? Me diz por que não quer ir comigo vê minha família? – Indagou Iida, nunca entendeu a razão da namorada não querer ser apresentada para sua família.

– Ora, porque.... bem porque, eu não quero. Por que diabos quer que eu conheça sua família? Eles não vão gostar de mim e... – Disse constrangida. Nunca se viu a altura de ser a namorada de Tenya, posto que era ninguém para a família dele, provavelmente. Ele vinha de uma família riquíssima e poderia ter a namorada que quisesse.

– PORQUE EU TE AMO! – Urrou Tenya, não era de seu feitio gritar, mas estava com raiva. Raiva da namorada se achar inferior a si, raiva de não conseguir fazer ela se sentir melhor. Nem reparou que havia dito pela primeira vez que amava ela, quando se deu conta ele ficou vermelho e virou o rosto para o lado.

Reconciliação (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora