Capítulo III - Noivado?

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Segunda-feira, 7h01.

Era começo de semana, portanto, toda a correria de trabalho e faculdade retornava para a vida do ômega. O final de semana havia sido tranquilo e regrado de brincadeiras com a recém formada família Midoriya-Todoroki. Izumi adorava brincar com Shouto, os dias que passaram juntos com um adormecido Izuku sem acompanha-los serviu para fortalecerem o laço de paternidade, desconhecido pela filha deles, ainda. No entanto, Izuku iria revelar isso logo, assim que as coisas se acalmassem mais.

No dia anterior Izuku havia ido ao seu apartamento e ele estava um verdadeiro caos, era inabitável. Gran Torino o garantiu que iria resolver o problema, mas demoraria pelos menos um mês até a conclusão da obra. Dessa forma, o estudante de pedagogia se viu obrigado a permanecer na casa de Shouto, o qual escondeu sua felicidade com perfeição do esverdeado, estava deveras feliz em viver com sua paixão adolescente e sua recém descoberta filha.

Enquanto Midoriya preparava o café para eles, Shouto tentava a muito custo ajeitar o cabelo de Izumi, e foi taxativo ao dizer não querer ajuda. A menina ria de Shouto, por não conseguir concluir um simples penteado de maria-chiquinha.

- Como você consegue fazer isso tão fácil? - Questionou o meio-a-meio, ao finalmente conseguir prender um lado do cabelo.

- Nem é tão difícil. - Respondeu Midoriya tentando em vão esconder o riso.

- Papai faz bem rápido, mas o tio demora muito. - Disse a menina de olhos heterocromáticos.

Decidido a terminar o penteado sozinho, um semblante sério adorna o rosto de Todoroki. Há muito não se via ele tão sério, perto de Izuku e Izumi ele era bem mais relaxado e calmo, ficando sério somente perto de outras pessoas que não fossem eles. Contudo, precisava ficar sério, sua honra estava em jogo. Como Shouto não conseguia fazer um simples penteado? Logo ele CEO de uma das maiores empresas do ramo tecnológico da terra do sol nascente. Por fim, finalizou o peteado que não ficou de todo ruim, talvez um pouco desaliado, mas estava em suma bom.

Então todos foram tomar café. Izumi falava de umas garotas que a importunavam por causa de um rapaz a qual diziam não querer ela perto, afinal, na visão delas, Izumi era uma ameaça, visto que o menino demonstrava certo interesse nela e elas gostavam dele antes mesmo de Izumi, por isso disseram "fique longe dele, ele já é nosso".

- E o que você respondeu? - Questionou Shouto, interessado na vida social da filha.

Ao contrário da maioria dos adultos que Izumi conhecia, Shouto se interessava no que ela dizia, e isso fazia ela sentir-se especial, somente seu pai Izuku era assim consigo, ter mais alguém se importando com sua história "era muito legal", pensou a menina.

- Eu disse "vocês não são dono dele, e ele fica mais comigo porque vocês são chatas". Aí elas ficaram vermelhas de raiva e foram embora. Eu falei algo errado, papai? - Questionou Izumi.

- Não se deve dizer que as pessoas são chatas, Izumi. Isso pode machucá-las - Apontou Midoriya, reprimindo a vontade de rir, antes de tudo ele era pai e tinha o dever de educá-la.

- Mas eu disse a verdade. - Alegou Izumi.

- A verdade as vezes machuca, por isso não é legal dizer o que se pensa dos outros, mesmo sendo ou não verdade. - Pontuou Shouto.

Midoriya fitou o alfa com carinho, de certo modo impressionado com a resposta dele, desconhecia esse lado mais paternal com um quê de educador.

Terminado o café todos participaram da lavegam da louça, Shouto lavava, Izumi secava e Izuku guardava. Logo forma para o carro de Todoroki, que insistiu em levá-los aos seus compromissos. Deixado Izumi na escola, Shouto dirigiu-se rumo a universidade de Izuku. Antes que Midoriya pudesse abrir a porta do carro, Todoroki segurou sua mão e falou:

Reconciliação (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora