Capítulo 22 - Feito para mim

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— BRIGHT


O caminho até a marina era frio e eu rezava para que mamãe tivesse colocado muitas cobertas, pois Win já tremia ao meu lado, passei o braço por sua cintura o trazendo para mais perto, emanado calor para ele, que sorriu em agradecimento.

— Aqui é muito bonito — disse fitando o horizonte

— Espera até estarmos em mar aberto

— Mar aberto?

Sorri novamente e apontei para frente, fazendo Win dar de cara com a enorme lancha branca

— Wow, é sua?

— É da família — respondi caminhando, mas o vi parar — você não vem?

— A gente não vai nadar não é?

— A gente vai conversar, tem medo de agua?

— Não sei nadar — falou tímido, não aguentei e voltei alguns passos lhe roubando um selinho.

— Eu não resisto a você, pode confiar em mim, não vamos nadar

Ele assentiu e eu o ajudei a subir na lancha, Win encarava tudo maravilhado, logo encontrou uma mochila, cobertas e travesseiros, liguei o motor e me distanciei um pouco da costa, iria levar win para meu lugar favorito do mundo

— Não sabia que era um capitão — ele brincou

— Poso ser o que você quiser — digo o encarando e o vendo ficar alguns tons mas avermelhado que o normal

— o que é tudo isso Bright? Perguntou se sentando

Coloquei a lancha em ponto morto, peguei uma coberta e o cobri, sentei ao seu lado e tomei-lhe as mãos, respirei fundo afim de acertar as ideias em minha cabeça

— Preciso te contar uma coisa — falei serio — não pude cumprir que te prometi uma vez

Ele me encarou com os olhos desconfiados, estava ansioso,  assim como eu, mas tinha medo em sua olhar

— Estou  perdida e completamente apaixonado por você

— V-você... — gaguejou e piscou algumas vezes fazendo uma lagrima cair de seus olhos

Achei que era um bom sinal até ele tentar soltar sua mão da minha

— Calma, Win

— N-não pode, você não pode estar apaixonado por mim! Você é errado, você me disse coisas hoje! v-você está brincando comigo não está? Isso é uma brincadeira de mal gosto não é

— Não estou brincando ômega! Eu nunca falei tão sério em minha vida!

— Não, não pode ser, você me acha medíocre — balançava freneticamente a cabeça em negação

— Não acho! — respondi firme

— Me acha insuportável — dizia como se quisesse me convencer de meus próprios sentimentos

— Nem tanto assim

— Me acha inconivente

— Só um pouquinho — tentei brincar

— Me acha pouco

— Hey! eu nunca disse isso! Sei que disse muitas coisas idiotas para você! — apertei mais sua mão a trazendo para meu peito, em cima de meu coração que batei freneticamente — eu sei que fui um idiota mas ele, o meu coração nunca bateu assim por mais ninguém

Sr. Errado - BRIGHTWINOnde histórias criam vida. Descubra agora