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Consegui passar um dia todo com a minha pivetinha. Fomos para a casa de praia dos meus, foram mais alguns famiares, brincamos muito.

Jade é uma criança muito inteligente desde nova. Ela nunca gostou de ter cabelo grande como o meu, então sempre levo ela pra cortar, não usa vestidos também, acha desconfortável. Essas são as liberdades dela, deixar ela ser quem é de verdade.

Agora ela dormia em meus braços, depois de brincar horrores com os primos. Ela é aquela criança sol, sabe? Que vem pra alegrar a vida das pessoas, trazer amor e esperança.

Não aceito que ela ja vai fazer 12 aninhos, to ficando velha!

-A mãe falo que tu ta namorando.-Cátia e Munique, minahs irmãs mais novas se sentam na minah frnte.

-Quem é?-Pergunta Nique.

Dou risada balançando a cabeça.

-Também quero saber.-Me olham entediadas.-Ela viu o meu amigo me deixar em casa esses dias, foi isso.

-Amigo?-Se olham.

-Sim? Eramos vizinhos...-Dou de ombros.

-Ai amiga, investe poxa! Você é nova ainda, recém divorciada, vai senta pra picas novas.-Fala Catia.

Sjuspito desconfortável. Me levanto com Jade no colo e passo por elas indo pro quarto, qual o problema delas?

Odeio pessoas metidas, elas estão agindo como se 11 anos de casamento não fossem nada, para mim foi e muito! Terminou de uma maneira trágica? Sim! Mas não vou morrer por isso.

Deito minha filha na cama e a coubro com a coberta, ligo o ar condicionado. Pego meu celular e vejo algumas mensagens.

"Filipe: To com saudade de você"
"Filipe: Fala aonde tu ta que eu vou te buscar"

P

asso a mão pela minha nuca pensativa. Deveria aceitar o convite ou não?

Jade ja estava dormindo, é só pedir para alguém supervisionar ela agora que eu estiver fora. Suspiro profundamente e mando a localização em tempo real para Filipe que logo vizualizou, mas não respondeu.

Olho o relógio do meu celular, eram 21 horas. Coloco um calção jeans e uma camiseta larga de uma banda qu eu ouvia na adolescência, tudo por cima do biquíni que ja usava durante todo aquele dia. Prendo meu cabelo em um coque e pego meu celular colocando uns doxumentos na capinha.

"Filipe:To aqui ja, te apressa."

Como ele é delicado, nossa!

Beijo o rosto da minha neném e saio desligando a luz, fecho a porta devagar. Vejo minha familia toda na sala vendo tv.

-Vai aonde?-Papai pergunta.

-Sair com um amigo.-Falo simples.-Ficam de olho na Jade pra mim?

-Ta vendo, Julia, não tem responsabilidade nenhuma com a filha.-Esbraveja meu pai pra minha mãe.

Ela revira os olhos.

-Cuidamos dela sim. Se diverte, meu amor.-Sorri para ela.

Mando beijo e saio pela porta, desço as escadas e vejo o carro do Filipe parado, entro e me sento no banco do carona.

-Tava pensando em tirar um cochilo.-Fala brincando.

-Para né.

Abraço ele e deposito um beijo em seu rosto. Ele estava com cara de choro, não era de usar maconha dessa vez.

-Ta tudo bem?-Ele começa a dirigir.

-Sei la.-Dá de ombros.-Casa de praia?-Assinto.

-Meu lugar de paz.-Ele sorri de lado.

-Burguesa mesmo, foda.-Dou risada negando.

Depois de uns 20 minutos dirigindo ele para em uma parte da praia bem afastada. Saimos do carro em direção a areia, nos sentamos ali mesmo.

Ele acendeu um e deu o primeiro trago. Sinto o vendo frio bater contra meu corpo, abraço meus joelhos, ele percebe e me puxa pra perto abraçando meu corpo. Me passa o baseado, dou um trago.

-Desculpa se eu pareci distante as ultimas semanas, eu tava com a agenda lotada.-Fala ele.-To eprturbado com um monte de coisa, não quero te encomodar também.

-Você sabe bem que nunca me encomoda.-Me encara.-Mais do que eu ja te encomodei, não tem.-Ele ri negando.

Passo pra ele. Como ele consegue ser tão charmoso? Odeio hoemns bonitos, podem fazer o que quiser com as mulheres.

-Fiquei muito tempo afastado do Théo.-Fala ele.-Vi ele uma hora antes do show, pedi pra mãe dele esperar pra poder ficar mais com ele depois, mas quando o show acabou, ela ja tinha ido com ele.-Seus olhos se enxeram de água.-Ela não responde minhas mensagens, nem me atende, to agoniado.-Fala com a voz falha.

-Calma.-Seguro seu rosto e limpo as lágrimas que caíram.-Quer que eu fale com ela? Como posso ajudar?-Pergunto.

Ele dá de ombros soltando fumaça.

-Quando ela achar que ta bom.-Limpa o rosto.

-Posso falar com ela na boa.-Ele nega.

-Deixa ela no canto. Se você tiver comigo agora, já ta bom.-Sorri.

-Você estava comigo quando precisei.-Ele sorri de lado.

Me passa o baseado. Por mais bronco que ele seja, é uma pessoa extremamente frágil e sentimental. O ponto fraco dele é claramente o filho, ele não consegue ter distância dele, parece que perde as estruturas completamente.

Ele guarda o restinho do baseado pra depois queimar em um bong. Me olha com cara de chapado sorrindo.

-Tu é muito linda, meu Deus.-Fala ele.

-Paro hein, gostosão.-Ele ri.

-Vamo pro carro, ta frio aqui.-Fala se levantando.

Me levanto em seguida e entramos no carro que tava quentinho. Liga o som em uma musica desconhecida por mim, mas era agradável

Fica em silêncio por um tempo me encarando. Coloca a mão bo meu rosto com delicadeza, segura meu queixo e puxa suavemente. Ele me beija suavemente, mas com muito desejo. Suas mãos percorrem meu corpo e me puxa para cima do seu corpo, empura o banco pra trás deixando mais espaço.

Sua mão massageava minha bunda e a outra percorria pelo meu cabelo. Seus beijos acalorados percorrem meu pescoço me fazendo soltar um leve gemido. Tiro sua blusa, ele entende que não ia ficar só por aquilo e deita o banco. Tiro minha camiseta e ele desamarra meu biquíni.

Seus olhos acompanhavam cada movimento meu, analisavam meu corpo em todos detalhes. Sua mão percorria com suavidade como se fosse tocar em algo facilmente quebravel.

Então meu celular toca.

Dama da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora