Dama da Noite

27

Filipe

Fabiana estava completamente sensível naquele momento difícil que passava com a Jade, eu estava ali pra apoia-las em tudo. Agora vou realmente fazer meu papel de namorado, deixar Anna de lado, cuidar apenas do Théo e da minha nova família com Fabi.

Devo confessar que nesses dois dias que estive viajando e Anna estava junto, tive uma recaída e não aguentei, mas to arrependido pra caralho! Não foi justo com a Fabi, claro que não foi, espero que ela não descubra e muito menos desconfie de mim.

Anna bateu boca comigo, e com razão. Ela não sabia que eu e Fabi estavamos em um relacionamento sério, disse que me odiava e tinha nojo de mim. A entendo, sinto o mesmo por mim.

Uma mulher tão linda e incrível como Fabiana, não deveria ter a traído.

Passo minha mão pela coxa de Fabi e ela sorri pra mim, estavamos indo ao mercado comprar algumas coisas pra fazer uma jantinha maneira pra nós.

Olho pelo retrovizor e vejo as crianças brincando, sorri de lado e voltei minha atenção ao trânsito.

-Estava pensando, podiamos ir para Angra né?-Assinto.

-Alugar uma lancha, estourar um champagne.-Ela sorri e assente animada com a ideia.

Depois de alguns minutos paro o carro no estacionamento do mercado, pefo Théo no colo e Jade vai com a mãe dela. Seguro na mão de Fabi e seguimos para as compras.

Como Jadoca tava com restrição alimentar, não podia comer muito doce, mas Fabi liberou umas gomas em pequena quantidade, fiz o mesmo com Théo, para não parecer injusto com ela.

-Quer vinho?-Assinto vendo ela com uma garrafa em mãos.

-Se eu não quisesse tu ia pegar igual.-Observo Théo brincar.

-Cala boca.-Dá um peteleco no meu braço passando por mim.

Pegou um pacote de camarão, fui parada por uns fãs, tirei foto na humildade, Fabi não gostava de como excluiam ela, nem eu gostava. Por fim, paguei as compras e fomos de colta pro carro indo caminho de casa.

Jade estava cansada, a quimioterapia deixava ela bem malzinha, o que preocupava muito Fabiana. Théo estaav calmo hoje, por incrível que pareça, não me deu trabalho.

(...)

Bebo a taça de vinho e sorri satisfeito relaxando na cadeira, Fabi faz o melhor risoto de camarão de todos, que minha mãe jamais saiba disso, vai morrer de ciúmes.

-Gostou, vida?-Assinto.

-Gostosa e prendada, vo ter que casar, não tem jeito!-Ela sorri sem graça.

Seguro sua mão e beijo a mesma, sorri pra ela. Olho para as crainças que viam televisão e volto a olha-la, tinha um olhar triste.

-O cabelo dela ta caindo já.-Me olha agora, seus olhos se enxeram de água.-Ela o ama tanto, agora nem isso a pertence mais.-Suspira.

-Ei...-Puxo ela para que sente no meu colo.-Vai ficar tudo bem, vai crescer de novo.-Assente.

-Ela perdeu o pai já esse ano, está frágil.-Beijo rosto e ela deita a cabeça no meu ombro.

-Você é uma ótima mãe pra ela, vão passar por isso, superar essas coisas todas, to aqui por tu.-Aperto ela em meus braços.

-Obrigado por estar aqui, confio em você.

Sinto meu coração pesado, é o peso da culpa.