Aquele dia do desabafo

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23 de Março

Sakura e Naruto entraram no apartamento dela e o loiro explicou tudo que tinha acontecido, estava desesperado e pensando no quão longe o pai de Sasuke teria mandado ele. Cada minuto que passava pareciam ser preciosos, sabe lá se Fugaku não teria sequestrado o Uchiha, colocado ele em um avião e a essa hora, ele estaria longe demais para alguém fazer algo. 

— Calma, Naruto! — Sakura respirou fundo e o Uzumaki sentou no sofá. — Precisamos pensar racionalmente. Você ligou para todos os nossos amigos? 

— Sim, Saky, liguei pra todos, tentando não parecer tão desesperado quanto estou agora, mas ninguém viu o Sas. — Naruto tinha os olhos brilhantes e vermelhos de tanto chorar.

— Fugaku não conseguiria colocar ele em um avião, não por vontade própria, pelo menos. — Seu amigo arregalou os olhos pensando o pior. — Não foi isso que eu quis dizer. — Sentou no sofá junto do Uzumaki e o abraçou. — Acho que até um pai tem escrupulos! Mesmo que seja um pai como ele… — finalizou com uma careta.

— Vou ligar para o irmão dele. — Buscou o contato rapidamente no seu smartphone.

— O pai do Sas não disse que mandaria o irmão para buscar ele? — Sakura franziu o cenho.

— Ele não faria isso… — Naruto colocou o celular no ouvido e pediu aos céus que o Uchiha mais velho atendesse. 

— Eu vou tomar um banho rápido, estou há três dias sem um banho decente. — Naruto balançou a cabeça positivamente e a Haruno correu para o banheiro. 

Sakura tirou a roupa e entrou no box, tentava pensar com calma, mas a realidade é que estava tão nervosa quanto o Uzumaki. Deixou a água morna acalmar seus músculos tensionados pelo nervosismo da situação, lavou os cabelos com calma. Passou uma máscara no cabelo, lavou o rosto com seu sabonete próprio para isso e finalmente entrou embaixo do chuveiro novamente para tirar tudo. Saiu do box pegando a toalha, assim que terminou de se secar, vestiu um short curtíssimo e uma blusa que ia até o meio de suas coxas. Passou um creme no rosto e outro no corpo, o cheiro de morango aumentava à medida que ela espalhava o produto. Ela então saiu do quarto penteando os cabelos e foi em direção a geladeira, ficando de costas para a sala. 

— Naru, você já comeu? — A médica pegou uma jarra de chá gelado, um copo e serviu-se. — Sei que é uma péssima hora pra isso… — Deu um gole e virou-se na intenção de continuar, mas acabou se engasgando com o líquido. — Itachi?! 

— Vocês se conhecem? — perguntou o Uzumaki, franzindo o cenho. 

Itachi riu, enquanto via Sakura secando a boca com um pano de prato e disse: — Sim, ela salvou a minha vida. 

Depois que Sakura explicou apenas a parte dela ter sido a médica cirurgiã que tinha atendido Itachi, os três discutiam como eles iam descobrir onde Sasuke estava. Não era tão difícil, já que o pai dele disse que faria de tudo para levá-lo para casa e deixar ele longe de Naruto, só podia ter sido o chefe de policia. Eles sabiam o poder que Fugaku tinha na cidade, então precisariam agir com cautela. 

— Eu sempre almoço com meus pais no domingo, vou investigar a casa quando estiver lá — disse o Uchiha. 

— Vou ter que ficar esperando até domingo? — Naruto estava em pânico. 

— Temos que agir com sabedoria, meu pai não é idiota. Se eu for até lá de repente, ele vai saber que eu sei que o Sas sumiu e vai desconfiar de algo — explicou ele. — Fique tranquilo, vamos trazer o Sas de volta. — Itachi piscou para o cunhado e deu dois tapinhas no ombro dele, tentando tranquilizá-lo. 

Contos de cerejeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora