Aquele dia da terceira opinião

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10 de Abril

Sakura chegou ao hospital e encontrou Itachi na sala de espera e foi até ele. Falou com a recepcionista, pegou um crachá de visitante e os arquivos sobre o Shisui e acompanhou o policial. Ela leu o prontuário e identificou que ele estava bem, mas que precisaria ficar internado por pelo menos 3 dias, apenas por questão da recuperação, tranquilizando Itachi. Caminharam pelo corredor conversando até chegar no quarto em que o primo dele estava, bateram na porta e entraram, vendo Obito sentado na cadeira ao lado da cama do irmão. 

— Bom dia! — A medica disse animada se aproximando, Itachi fechou a porta e também chegou próximo a cama. — Prazer, Shisui. Eu sou a Sakura. 

— A famosa médica que o Itachi disse que ia me salvar. — Ele riu e a Haruno olhou para trás, vendo Itachi envergonhado coçando a nuca, ela riu também.

— Bom, quem salvou você foi seu irmão. — Sorriu para Obito, que pela expressão, Sakura entendeu como um agradecimento mudo sobre tudo da noite anterior. — Vim apenas trazer o Ita, ele estava na sala de espera. Está em suas mãos agora, doutor Uchiha. — Sakura entregou o prontuário e piscou para ele antes de sair do quarto. 

Seguiu seu caminho pelo corredor até o elevador para poder chegar em sua sala. Passaria na copa antes para pegar um café, saiu atrasada de casa e não teve tempo de comer nada além de uma maçã. Esperava o café passar na cafeteira enquanto mexia no celular, tinha recebido uma mensagem de Gaara perguntando se estava tudo bem, já que não deu notícias.

Desculpa, ruivinho, tive que resolver algumas coisas no hospital. Fiquei ocupada.

Ruivinho delícia: Fiquei preocupado, você disse que ligaria, moranguinho. 

Tá com saudades? 

Talvez… Só… Desde o sequestro do Sas minha ansiedade está à flor da pele. 

Não estou tão diferente assim, preciso de férias.

Eu topo uma viagem de carro…

— Bom dia, doutora Haruno. — Sakura levantou a cabeça e assim que viu Kakashi bloqueou o celular e colocou em cima do balcão. 

— Bom dia, doutor Hatake. — O homem fechou a porta e caminhou até o armário das xícaras, pegando uma para si. — Vejo que já está pronto, posso?

—  Claro, fique a vontade. — Ela afastou minimamente, viu Kakashi pegar o bule e a servir primeiro. — Obrigada. — Agradeceu, assistindo ele se servir também e colocá-lo no encaixe da cafeteira. — Bom, vou indo, preciso… — Sentiu a mão do Hatake na sua e sentiu seu corpo gelar, o que merda estava acontecendo?

— Posso… fazer um convite? — disse, já acariciando os dedos da Haruno, os olhos alternavam entre os seus e sua boca. 

Seria bem hipócrita se dissesse que não estava com vontade de beijá-lo ali mesmo. Irritantemente gostoso, foi o que pensou. O jaleco agarrado aos músculos dos braços, podia ver o peitoral que mordeu a poucas horas atrás marcando a camisa de botões branca, sentiu vontade de lamber os lábios, porém, mordeu a pele interior da boca. 

— Queria chamar você pra jantar — completou. 

Era isso que ela queria evitar, fazer sexo com alguém do trabalho é literalmente ter mais trabalho. Onde ela estava com a cabeça quando decidiu levar aquilo adiante? Só queria provocá-lo um pouco para ver até onde iria, ela não conseguia não tentar levar um homem a loucura, era sua maior diversão. Contudo, ela mesma tinha perdido o controle da brincadeira. Era tesão, sempre foi, Ino estava certa, agora ela conseguia ver com clareza e isso a estava deixando nervosa. Ela nunca ficava nervosa por causa de homens, porém, estava dentro da porra do hospital.

Contos de cerejeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora