Aquele dia do acidente

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18 de Maio 

A luz do sol entrava por uma fresta da cortina, que insistia em voar com a brisa que entrava pela janela do quarto. Sakura abriu os olhos devagar, respirando fundo, sentindo o cheiro do homem que dormia profundamente ao seu lado. Ela virou o rosto e deu um pequeno sorriso, era inevitável negar o que agora ambos já sabiam; era mais que sexo. Pela primeira vez em sua vida dormiu ao lado de um homem sem transar com ele, era surreal, e aquele incômodo em seu estômago ao constatar aquilo já não existia mais. Levantou devagar e foi até o banheiro, fechou a porta com cuidado e encarou-se no espelho. 

— Tem certeza que quer isso? Não terá volta, Sakura. Você não pode machucar o Gaara… — falava para si mesma, tentando buscar algum resquício de uma parte dela que não quisesse estar com aquele ruivo gostoso e tatuado deitado no cômodo ao lado. — Quem não arrisca vive parado, não é? Sempre foi isso que te moveu. 

— Sakura? 

— Oi! — falou mais alto com o susto da voz rouca do outro lado da porta. — Já vou sair. — Escovou os dentes com o dedo e fez um gargarejo com enxaguante bucal. — Bom dia, ruivinho. — Deu um selinho no homem assim que abriu a porta. 

— Bom dia, linda. — Apertou a cintura dela ao sentir o beijo em seus lábios.

Gaara entrou no banheiro e fechou a porta, Sakura pegou uma camiseta qualquer jogada pelo quarto e vestiu. Foi até a cozinha, colocou o café para fazer na cafeteira, fritou uns ovos e colocou os pães na torradeira. Colocou tudo na mesa e viu o homem caminhar pelo corredor em direção a ela, usando nada mais que uma calça de moletom. Sentiu sua boca salivar, fazia tempo demais que não fodia, e o Sabaku conseguia abalar todas as suas estruturas mesmo vestido, quer dizer, semi vestido. 

— Perdeu alguma coisa aqui? — falou de forma divertida balançando a mão em frente ao seu abdômen. 

— Perdi. A vontade de comer, Gaara. 

— Podemos resolver isso… — Ele a puxou pela cintura e beijou os lábios rosados.

Entregue, era isso que ela estava. Completamente de quatro, porra, o homem era tudo que ela não queria, sim, por que ela nunca quis nada além de sexo. Mesmo assim, entregou-se a ele de boa vontade. Sentia-se derreter nos braços fortes do ruivo à medida que ele beijava seu corpo e apertava sua carne com mais força. Gaara desceu a mão pelas costas e apertou a bunda farta da médica, seu corpo pedia por ele, movia-se em perfeita sincronia com ele.

— Gaara… — gemeu, ainda de olhos fechados. 

— O que, moranguinho? — sussurrou em sua orelha. — Quer que eu pare? — Lambeu o lóbulo e desceu para o pescoço, mordendo ali. 

— Eu preciso ir trabalhar… — A voz saía pesada, encorpada de tesão. 

— Olhe como estou… — Pegou a mão dela e colocou em seu pau; duro, pulsante. — E mais importante, olha como você está. — Pressionou os dedos na calcinha e a sentiu molhada. Adentrou o tecido com dois dedos e pegou seu fluído, levando até sua boca e chupando os dedos de forma erótica, aproveitando o sabor doce na ponta da língua e mostrando que tudo que ele queria comer naquela manhã, era ela. — Não posso deixar você sair daqui sem gozar no meu pau.

— Banho. — Espalmou o peitoral dele, fazendo-o andar de costas e sorrir em divertimento com o desespero que soou em sua voz. — Agora. — Saiu empurrando-o pelo corredor até chegar ao banheiro da suíte. 

O gelado da parede do box atingiu as costas nuas de Sakura, Gaara mamava seus seios com vontade e nada poderia evitar os gemidos descontrolados que deixavam sua garganta. Sentia seu clitóris implorando por atenção, avolumado entre suas pernas, que foram abertas pela mão grande do ruivo, que movimentou os dedos em seu ponto de prazer, como se lesse sua mente. Ele terminou de se ajoelhar no chão e apoiou a coxa da Haruno em seu ombro, para poder enfiar seu rosto em sua boceta de forma libertina. Passeou a língua entre suas dobras, sentindo o gosto adocicado predominar na sua boca; adorava aquela boceta. 

Contos de cerejeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora