capítulo 27

4 3 0
                                    

Fernanda narrando...

Pois é. O destino se encarrega sempre de me fazer sentir feliz ou essa enorme tristeza que sinto. E adivinhem? Tudo acontece tão rápido, que às vezes me perco. Cheguei na casa da Ivone, e em vez de falar apenas a abracei forte e chorei até adormecer como uma menininha. Acordei no dia a seguir ainda com a mesma roupa que a do dia anterior, mas sem os sapatos e pelo que vi estava num dos quartos de hóspedes. Me levanto da cama, e as lembranças da noite anterior me invadem. Decido assim mesmo ir tomar um banho na suite, e assim o fiz. Escovei os dentes, e fiquei a olhar para o meu reflexo calada e perdida em pensamentos até ouvir a Carla.

Carla: Nanda, o Flávio e a Felícia estão aí. - ela diz do outro lado da porta. - você está bem?

Não respondo. Apenas caminho até a porta em passos lentos, como quem não tem vontade de andar amarrada a uma toalha.

Nanda: eu vou ficar bem. - dou um sorriso fraco e ela retribui igualmente. - arranjas-me uma roupa confortável? Depois eu devolvo...

Carla: está por cima da cama. Eu me adiantei. - ela me corta sorrindo. - se precisares de nós, estaremos aí fora.

Ela dá um último sorriso compreensivo e sai do quarto. Me visto, faço um coque alto no cabelo e coloco uma make para disfarçar os olhos que notavam que eu havia chorado. Saí do quarto em direção à sala que era onde eles estavam, e o Flávio foi quem levantou bem rápido para ir ao meu encontro e dar aquele abraço que eu precisava.

Flávio: se sente melhor? - ele diz segurando o meu rosto com ambas as mãos.

Nanda: sim, vida. Hoje é o dia que eu quero considerar enterrada essa parte da minha história. - olho diretamente para ele. - quero me concentrar apenas em nós. Todos os presentes nessa sala. - olho para as minhas amigas.

Ele não diz nada. Apenas beija a minha testa e me abraça com tudo. Retribuo sentindo o amor e o carinho dele nisso, e ele sussurra no meu ouvido que me ama e que sempre estará aqui para mim. Isso foi suficiente para que a força que eu necessitava voltasse para o meu corpo. Após esse momento, a Ivone preparou um delicioso pequeno almoço e por incrível que pareça, entre tantos risos e amor no seio dos meus amigos, eu senti que mesmo não sendo meus de sangue, há um vínculo de amor e amizade verdadeira que os faz parte da minha família. Eles são a minha nova família.

(...)

O Flávio me pede para deixarmos a Felícia em casa dele, porque ele tinha algo para me contar e assim o fizemos. A Felícia ficou com a Ximena, e nós fomos até a praia novamente.

Fernanda: é tão mau assim o que tens a me dizer? - pergunto já sentindo uma angústia me invadir.

Flávio: amor, estou te trazendo aqui não só para te contar isso. Eu quero também que você relaxe. E se ouvir o som do mar te ajuda, é isso. - concordo com um aceno de cabeça e o vejo estacionar o carro na mesma praia.

O sol já se estava a pôr, e a praia estava vazia. Tinha um ou outro casal a namorar na praia e nós caminhamos com os pés descalços pela areia até nos sentar a beira mar.
O meu cabelo voava por causa da brisa que é maravilhosa e que trazia consigo uma sensação boa. De liberdade.

Flávio: amor? - olhei para ele que sentava ao meu lado. - o que eu tenho que te contar, é algo ainda relacionado a tua família. Você disse que queria enterrar essa parte da tua história hoje, mas eu sei que o certo é você saber o que eu acabei de descobrir com o Sebastián.

Nanda: pode falar. Eu estou preparada para o que vier. - digo tentando soar forte.

Ele parecia pensar em como me falar. Olhou para as nossas mãos que estavam juntas, e voltou a olhar para mim de seguida.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 10, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Obra Do Destino ( Um Novo Começo)Onde histórias criam vida. Descubra agora