capítulo 17

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Fernanda narrando...

Felícia: eu acabei de falar com o William, o meu chefe gostoso, e ele pediu para que fosse eu a abrir a loja. Então...- ela morde uma maçã enquanto fecha a tigela com comida. - eu preciso abrir. Tchau, loira. Beijooo - diz ela saindo às pressas.

Bom, acordamos cedo para o dia de trabalho que nos espera. Mas a morena da minha vida teve de sair mas cedo ainda, porque hoje será ela a abrir a loja, então nem teve tempo de comer uma boa refeição.

Fernanda: se cuida! - digo com um sorriso apreciando a forma como ela faz tudo às pressas.

Termino de tomar o pequeno almoço, e vejo a hora no telefone. São 07:40 e o Flávio ainda não veio me buscar. Então decido ligar para saber se ele realmente vem ou não.

Chamada on...

Flávio: desculpa, meu amor. Acordei tarde hoje, porque estive a ler uns documentos. Perdão mesmo. Chego aí em minutos. - falou rápido assim que atendeu e eu ri-me mesmo estando furiosa.

Fernanda: não te demores. 

Chamada off...

Desligo o telefone, e percebendo que com certeza ele não terá tempo de comer, preparo uns ovos mexidos, bacon, sumo de maracujá e torradas. Organizo a mesa outra vez, mas para ele. Minutos depois ele toca a campainha. Como sei que é ele? Ouvi o som do motor do carro.

Flávio: desculpa, vida.

Ele diz assim que eu abro a porta.

Fernanda: chega de desculpas. Anda, com certeza você nem tomou o pequeno almoço! - falei mais ralhando do que outra coisa.

Ele sorriu e entrou se dirigindo a mesa.

Flávio: obrigado, amor! Você me conhece tão bem! Olha que a dona Ximena insistiu até o último minuto para que eu comesse. - ele falou divertido.

Sorri e me sentei ao seu lado na mesa.

Fernanda: eu percebi que estavas a fazer tudo as pressas só pela tua voz. - disse sorrindo.

Flávio: então, já me conheces bem, hã?! - me olhou profundamente e eu corei.

Fernanda: termina só de comer, e vamos, Flávio Davenport. - finjo seriedade e nós rimos a seguir.

Conversamos mais um pouco, ele terminou de comer e a seguir nos dirigimos ao carro. Ele segurando a minha mão, e eu comendo uma maçã com a outra.  Subimos no carro e nos dirigimos à empresa, ao som de Adele - someone like you.

Fernanda: era para ter um final feliz, não era? - falo triste com a música.

Flávio: sim, amor. Mas, como ela mesma diz, o amor pode durar mas também pode ferir. E nesse caso, não era pra ser. Eu acho que se ele tivesse que reconsiderar, olhar para ela e imediatamente voltarem, a história seria diferente.- ele fala olhando algumas vezes para mim e outras para a estrada.

Nesse momento eu fiquei pensando.

Será que algum dia eu poderia dizer que sou 100% feliz? Tipo, poderia o meu amor pelo Flávio durar uma eternidade? - penso e automaticamente me encosto no vidro da janela.

Flávio: o que foi, amor? - ele toca a minha mão, me despertando.

Fernanda: oh! É que... Eu estava aqui a pensar...! Você acha que o nosso amor poderá durar? Digo, seremos mesmo felizes? - pergunto meio triste.

Obra Do Destino ( Um Novo Começo)Onde histórias criam vida. Descubra agora