Alexandra
Tava mec até que aquele mesmo menino que me pediu pra subir tava na minha frente de novo, já tinha até perdido minha paciência com aquela insistência.
Alexandra: Porra menor, teu patrão não te ouviu não?
- Ele disse que é pra te levar de qualquer jeito ô nega, tu é nova por aqui, deve ser por isso - Eu ri sem humor e tava desacreditada
Alexandra: que ele se foda mano, tô na paz, não tô fazendo nada de errado até onde eu sei, tô só dançando.
- Bora logo tia, se eu não voltar contigo nem sei o que acontece comigo - O menino falou e eu já fiquei com pena
Alexandra: Tia não, que se duvidar eu tenho tua idade meu filho - Ele me olhou rindo.
- É sério que tu é de menor? - O cria perguntou, nego dúvida de mim, oia, olhei pra ele com um cara de cu que bixin ficou até ficou mudo.
Alexandra: eu ia mentir pra que? Bora logo que eu quero curtir minha noite e teu patrão tá me atrapalhando - Ele pegou o meu braço e me arrastou pro camarote, meti logo minha cara de cu, por que tiraram minha paz e eu odeio isso.
Alexandra: Caralho, não posso nem viver em paz - falei assim que a gente entrou na cova dos leões, me senti ameaçada por todos aqueles rostos virados pra mim, mas como eu disse, manter a pose né - Já pode me soltar viu, vou fugir não, não tô nem ficando doida.
- Pode soltar ela, kaká - O homem todo tatuado que tava ali na frente de todos falou e eu encarei ele sem reação, eu que não ia abrir a boca pra falar com ele, ele me tirou como mentirosa. Odeio quando me tiram de mentirosa por bagulho besta, não acredita em mim? Que se foda também, sem tempo irmão.
- Eae - Ele falou e eu só acenei com a cabeça e olhei ao redor, tinha umas minas me olhando com cara feia, eu hein, fiz nada, tudo maluca - Não vai falar não? Chegou toda falante por ai.
Alexandra: Não falo com quem duvida de mim - falei olhando pra cima com um sorriso de canto, que Deus me proteja.
- E quando eu duvidei de ti, maluca? nunca nem falei contigo - Já veio parar na minha frente e eu só fiz lhe encarar, eu perto dele era uma anã, cara alto da porra.
Alexandra: Falei que era de menor cara, não acreditou por que não quis, já posso ir? - Me encostei na grade de braços cruzados e ele me observou.
- Não acreditei até por que tu não tem cara de ser de menor ué - Falou se encostando na parede também.
Alexandra: quer que eu te mostre minha identidade? Eu vou mentir minha idade pra que mano? vou ganhar o que com isso? - Falei já cansada e só queria saber em que pau a Luiza foi sentar que até agora não deu as caras.
- Tu é de onde menor? Nunca tinha te visto por aqui - Ele perguntou e revirei os olhos.
Alexandra: sou de Fortaleza, tô hospedada na casa de uma amiga aqui por uns dias, mas se quiser eu posso voltar agora mesmo - ironizei e vi ele ficar surpreso.
- Quero nada não pô, sossega ai - Falou agora vindo pra minha frente, continuei de cara fechada pra ele, ele num tava merecendo meu bom humor não - Sou o Caveira, satisfação.
Alexandra: Alexandra - Falei contragosto.
Caveira: Já que tu é de menor, tu tem quantos anos? - Me perguntou
Alexandra: tenho 17
Caveira: tá explicado porque não parece ter a idade que tem, gatona tu maluco - Tentou me elogiar, e eu só revirei os olhos.
Meu celular começou a vibrar dentro do meu short e eu logo tirei ele, bagulho parecia um vibrador cara, vi que a Loira tava me ligando.
Alexandra: muito bonito pra tua cara sumir e me deixar sozinha né - mandei o papo assim que atendi, o Caveira ficou me olhando de canto de olho e fingi que ele nem existia.
Loirão: pô foi mal amiga, tu tá onde? - a loira tava com voz nervosa, e eu já fiquei pirada também.
Alexandra: me arrastaram pro camarote, tu tá bem Luiza? - Já fui andando pra grade, procurando qualquer ser loiro na multidão.
Loirão: amiga tem uns cara mexendo comigo, tem como tu vim me buscar por favor - Falou baixo e eu já fui descendo aquele camarote virada no ódio.
Caveira: tá indo pra onde mina, terminei contigo não - Segurou o meu cotovelo e eu só olhei pra ele no puro ódio.
Alexandra: te manca cara eu hein, tô indo atrás da minha amiga que tá precisando de mim - Ainda tava com o celular no ouvido e ele soltou o meu braço.
Caveira: quero dois menor indo com ela - Caveira mandou e eu sorri fraco, o mínimo né.
Alexandra: tu tá por onde Loirão?
Loirão: tô aqui perto do banheiro amiga, vem rápido por favor.
Desci aquela porra esbarrando em tudo que era gente, apressada pra chegar na minha amiga e logo encontrei ela encostada em uma parede no canto, e uns três moleques querendo chegar perto dela.
Alexandra: cês não tem o que fazer não? - Falei alto pra eles e já fui andando em direção da minha loira.
- Agora que a noite acabou de melhorar, pai - Um deles falou e eu olhei com nojo, os vapor do Caveira, já empurraram eles e meteram um soco, e começaram a brigar e eu caguei pra eles, tava mais preocupada com a Luiza.
Alexandra: eles fizeram alguma coisa contigo? - loirão ficou calada e eu já tinha entendido - Eles não vão sair daqui vivo, te garanto.
Fui em direção em um dos que tava socando um dos vapor do patrão e cheguei no chute, tava nem ai, moleque caiu no chão que nem bosta e eu subi em cima dele socando o rosto feio dele, tava cega no ódio.
Alexandra: tu nunca mais vai encostar a mão na minha amiga, tá escutando? - Falei com ele antes de dar o último soco e ele desmaiar.
A mãe é treinada, fiz 4 anos de muai thai, me serviu de alguma coisa né.
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