Capítulo 11

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— Rook! Rook! - Serena chamou freneticamente a seu cão.

Tinha-o visto vagar entre os arbustos densos que bordeava o caminho pelo que eles viajavam só um pouco tempo atrás. Algo tinha que estar errado. Rook sempre respondia a seu chamado. Sua preocupação cresceu enquanto entrava na folhagem densa.

Ela empurrou os ramos fora de seu caminho e continuou gritando, mas não recebia resposta.

Serena se deteve por um momento e escutou, pensando ter ouvido um ruído. Pássaros gorjeando, ramos sussurrando com a brisa de outono e depois... O ruído distinto de um ramo partido. Ela girou no momento adequado, o som vinha detrás dela.

Seu marido caiu sobre ela com tal velocidade e agilidade que não teve um segundo para respirar. Ele a carregou em cima de seu ombro em um movimento único, e se voltou em seu caminho.

— Não, para! - Ela gritou e golpeou as costas sem nenhum resultado. Ela deixou os golpes inúteis e rogou sua ajuda. — Por favor, Darien, me ajude a encontrar Rook. Deve estar machucado ou ele teria respondido a meu chamado... Por favor - Suas palavras pareceram não ser ouvidas, mas ela continuou com sua voz ansiosa.
— Sei que desobedeci e sinto muito, mas Rook significa tudo para mim. Ele estava ali quando ninguém mas queria estar comigo.
Quando eu era ignorada e evitada, ele caminhava orgulhosamente a meu lado. Ele me fez rir quando eu acreditava que nunca mas me riria e ele me ama, verdadeiramente me ama como eu sou. Ele nunca me abandonaria.

Seus passos diminuíram a velocidade grandemente até que ele finalmente parou e suavemente a colocou no chão.

— Quem lhe deu Rook? - Ele perguntou.

Era uma pergunta de curiosidade. E ela simplesmente respondeu. — Depois do ataque, meu pai decidiu que eu necessitava de proteção, então me trouxe Rook. Ele era um cachorrinho com orelhas grandes e um fôlego terrível, mas eu o amei a primeira vista e fomos inseparáveis desde esse dia.

— Por que seu pai não te pôs um de seus guardas?

Ela respondeu honestamente e sem pensar; sua única preocupação era Rook e sua segurança. — Ele acreditava que uma mulher que tinha sido envergonhada não podia ser confiada a nenhum homem, então escolheu um cão como meu protetor.

Havia fúria em seus olhos azuis, sua mandíbula se esticou e as veias de seu pescoço pareciam a ponto de explodir. — Ele disse isso a você?

— Em muitas ocasiões.

Darien parecia a ponto de falar, mas de repente pareceu mudar de idéia. Ele agarrou sua mão. — Onde o viu pela última vez?

Ela tomou sua mão, agradecida por sua oferta de ajuda e agradecida por sentir a força de sua mão grande envolta protetoramente ao redor da sua. — Vagava neste setor dos arbustos e árvores quando passamos por aqui.

— Ele sempre vem quando o chama?
Serena mordeu seu lábio inferior, pensando nervosamente.

— Me diga - Darien ordenou.

— Há uma coisa que poderia demorar sua resposta a meu chamado.

— E o que é?

Serena tentou não sorrir. — Amoras.

— Amoras? - Darien repetiu incredulamente.

— Rook tem uma fraqueza pelas amoras e as cerejas. Quando era um cachorrinho o levava comigo a juntar ervas e cerejas. Ele comia a maior parte das cerejas e amoras antes de que voltássemos.

— E você não o castigava.

Ela sacudiu a cabeça. — Não podia. Ele se divertia muito e eu não tinha coragem de desafiá-lo.

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