Andrew seguiu Serena enquanto ela percorria os terrenos do castelo, visitando aqueles que estavam doentes e detendo-se a conversar com aqueles que a saudavam. Eles falavam da intriga do momento, basicamente falando da pobre moça assassinada e como o Diabo irlandês se asseguraria que o culpado fosse apanhado e castigado.
Andrew não impediu que ela se detivesse nos carros de Donnegan para ver se alguém precisava ser atendido, mas ele se assegurou de permanecer a seu lado, igual a Rook. Ninguém fez menção da morte de Mina, embora a notícia de que a identidade da moça tinha sido estabelecida não circulava ainda. Darien tinha considerado mais sábio manter essa informação em segredo no momento.
Eles estavam perto do portão de grade quando Serena perguntou a Andrew. — Podemos ir ao prado na parte detrás do muro do castelo?
— O que quer fazer nesse prado? - Ele perguntou.
— Tomar um pouco de ar fresco e recolher mais urze.
— O urze é necessário?
Ela suspirou e sacudiu a cabeça. — Provavelmente poderia me arrumar com o que tenho, mas juntar um pouco mais serviria para perfumar todos os quartos da fortaleza.
Rook concordou com um latido, embora ela estivesse muito consciente de que ele queria ir procurar as últimas cerejas antes da chegada do inverno.
Andrew encontrou difícil negar-se a seu pedido simples, mas não queria correr nenhum risco, então ordenou a um dos guardas que fosse a procurar o Stuart. — Não sairemos sozinhos - foi sua única explicação.
Uma anciã lhe emprestou uma cesta vazia, e esteve contente de ser a encarregada de cuidar da cesta de remédios de Lady Serena enquanto ela saía.
Serena respirou profundamente o ar fresco, enquanto caminhavam para o prado. Rook correu mais adiante e Stuart vinha atrás deles, com sua espada na mão e sua atenção alerta.
Serena amava essa época do ano quando a terra se preparava para o inverno. — É filho da Irlanda? - Serena perguntou a Andrew.
Seu sorriso se alargou. — É obvio, minha Lady.
Ela sorriu com alegria. — E onde fica sua casa?
Seu sorriso rapidamente se enfraqueceu. — Minha casa está onde quer que Lorde Darien esteja.
Obviamente Andrew não desejava discutir suas origens, mas Serena se sentiu curiosa. — Antes de Lorde Darien, onde estava sua casa?
— Darien mencionou sua persistência.
Ela insistiu. — No Sul? Ou no Norte?
— Norte - ele confirmou.
Ela não disse nada, consciente das muitas lutas e perdas que persistiam nesta terra de beleza e dor. — Como conheceu Darien?
— Essa é uma história que uma dama não deveria ouvir - ele disse com uma gargalhada que a fez pensar que a história era mais obscena que perigosa.
— Tenta minha curiosidade e se nega a satisfazê-la, isso não é justo.
— O que não é justo, minha querida Lady Serena, é o que eu sofreria se Darien descobrisse que te contei essa história.
— Eu não o diria - ela ofereceu.
— Ele o descobriria de qualquer maneira.
— Sim, o faria - ela aceitou e gritou a Rook que vagava ao longe. - Como sabe ele tudo o que acontece? ouvi os rumores que circulam e muitos falam de seus poderes.
— O único poder que Darien possui é a habilidade de escutar e ouvir mais claramente que os outros, inclusive quando mais de uma pessoa fala. Então, ele ouve e sabe muito.
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O Diabo Irlandês
FanfictionESSA HISTÓRIA PERTENCE Á AUTORA DONNA FLETCHER. FIZ APENAS A TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS E UMA ADAPTAÇÃO COM OS PERSONAGENS DO MEU ANIME FAVORITO (SAILOR MOON) QUE PERTECEM À NAOKO TAKEUCHI. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS ÀS AUTORAS. UMA MULHER MARCAD...