O Diabo Irlandês

Capítulo 3

Darien se sentou na grande mesa sobre a plataforma que dava diretamente às três mulheres que estavam de pé a uns metros de distância dele.

Esteve ocupado toda a manhã escutando reclamações e comentários de seus homens e não ficou surpreso ao descobrir que já havia alguns que tinham encontrado mulheres que estavam dispostas a partir com eles. Uma mulher era uma tecelã, outra uma ajudante de cozinha e ele mesmo tinha seu olho na criada Rei, que tinha descoberto era uma excelente costureira. Ele tinha o pressentimento que Jedite estava interessado nessa moça, e dado que ele era tímido e nunca encontraria por si mesmo uma esposa; então Darien tinha intenção de lhe buscar uma.

O amor não importava. Era uma emoção passageira como a paixão e uma vez que passava servia de pouco propósito. Ele necessitava uma esposa que fosse uma sólida e confiável companheira. Uma que possuísse força e coragem e capacidade de dar a luz muitos filhos e filhas de modo que juntos fundassem uma extensa família que continuasse seu sobrenome e que se ocuparia de que sua terra florescesse.

Esperava encontrar uma mulher, com quem acharia prazer em deitar-se e a quem ele pudesse agradar, mas as três candidatas em frente dele não só careciam de atrativo sexual, mas também de atrativo físico, fazendo-o estar até mais determinado a encontrar à curandeira e lhe oferecer uma compensação generosa para unir-se a seu pessoal doméstico.

As três mulheres jovens que se agrupavam ao redor de sua mãe foram de atraente até passável e até inaceitável. Já tinha descartado uma. Ela se assemelhava a sua mãe e parecia estar igualmente odiosa. Seus lábios magros e seus olhos estreitos severamente sondavam o salão a faziam até menos atraente. A mais bonita estava obviamente muito consciente de sua beleza.

Infelizmente havia uma frieza nela que fez que Darien pensasse que não daria a bem-vinda a um marido em sua cama a menos que fosse fortemente recompensada por isso. A moça passável não parecia estar interessada no ambiente que a rodeava e até menos interessada em sua aparência. Mas ela tinha quadris largos que dariam uma vantagem nos partos, embora engravidá-la poderia ser um processo difícil já que ele não se sentia atraído por ela.

Andrew se inclinou em cima de seu ombro. — Toma a bonita, pelo menos ela é fácil de olhar.

Jedite grunhiu e Darien girou para onde ele estava sentado a sua direita. — O que aconteceu?

Jedite sacudiu a cabeça e Darien quase podia ler seus pensamentos. Nenhuma era atraente ao gigante e uma vez mais ele viu que os olhos de Jedite desviavam para a criada Rei onde ela e outras duas servas estavam sussurrando perto da lareira.

— Claro que a mais desprovida provavelmente não teria nenhuma dificuldade em parir um bebê ou dois com esses quadris generosos - Andrew disse com um sorriso.

— Eu te pedi sua ajuda? - Darien disse irritado porque nenhuma das três mulheres nem remotamente o atraía.

— Não, mas eu estou oferecendo de qualquer maneira. Deve escolher, suas terras dependem desta união, e além disso só terá que se deitar com ela quando quiser engravidá-la. Este matrimônio não é uma sentença de morte, só um inconveniente secundário que pode ser ignorada depois dos votos matrimoniais e de plantar sua semente fértil. Ele tinha razão, mas Darien secretamente esperava mais. Junto com sua terra fértil que cresceria pelo produto do suor de sua testa e a força de suas mãos, queria que uma mulher que lhe desse o mesmo. Queria uma mulher que de boa vontade aceitasse sua semente e que atendesse a seu filho com carinho e cuidado. Não uma mulher que cumpriria com seu dever para com ele, que reclamasse enquanto a criança crescia dentro de seu ventre e depois ignorasse o bebê quando tivesse nascido. Queria uma mulher que nutrisse, amasse e cuidasse.
A curandeira.