Te levando em casa

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Ele grudou nossos lábios e fico de olhos abertos olhando sem entender nada por alguns segundos e a saudade que tinha dele bateu em meu peito de uma vez, mas me afasto rápido.

– Desculpa Jimin, mas não posso - segurei minha bolsa e virei andando.

Escuto ele me chamar e aperto ainda mas as mãos em volta da bolsa e continuo andando e aperto o passo, além de querer loucamente me jogar nos braços dele eu estava toda suja de terra, ele merece alguém a sua altura e não uma mulher que faz serviço braçal para sobreviver.

Já estava saindo do condomínio quando para um carro ao meu lado e abaixa o vidro, olho e vejo o Jimin me olhando.

– Entra Sn, te levo em casa.

– Estou toda suja Park, vou sujar seu carro - continuo a andar.

Parecia que eu queria fazer uma maratona, sempre andando sem ao menos esperar a resposta do moreno que por vez ficou irritado e gritou comigo.

– Merda Sn, para de fugir e entra logo nesse carro - bateu a porta com força ao sair.

Me encolhi com o barulho e descendo algumas lágrimas que as limpei rápido, respirei fundo e continuei a andar, não queria ter que pensar em nada agora, estava saindo com o Kang e não queria decepcionar ninguém, tinha que me resolver antes de chegar perto dele, por que só deus sabe o quanto estou me segurando para não correr pros braços dele, todos tem uma fraqueza e Park Jimin é a minha.

– Desculpa por gritar - corre parando na minha frente - Sn, escuta, eu não queria te assustar só que você vive fugindo e falar que não quer sujar meu carro é a pior desculpa que conseguiu inventar.

– Só me deixa ir Park, por favor - falei baixinho.

– Se eu te deixar ir, sei que não vai voltar - passa a mão no cabelo puxando para trás.

– Não vou voltar se continuar desse jeito - olho para ele.

– Tudo bem, vou te deixar ir, mesmo não sendo essa a minha vontade - dá um passo para trás.

Ia continuar andando, mas ver ele desse jeito me enlouquece, porque eu tinha que trabalhar logo na casa dele? Tanta casa por ai e justo a dele?

Olhei para o céu e ri, se tiver alguém lá em cima devia estar rindo da minha cara, ótima brincadeira do universo, fazer eu me descabelar por um homem. De todos os namorados e rolos que já tive sempre foi ele que me quebrava, e pelo visto continua assim.

– E o que você quer Jimin? - vi ele erguer o olhar e encontrar o meu.

– Muitas coisas, mas por enquanto me contento em te levar em casa e ter a sua palavra que não vai fugir de novo.

– Sabe que nunca fugi, fui obrigada a ir embora.

– Eu sei, mas quero garantir que isso nunca mais aconteça.

– Antes de entrar no seu carro quero que saiba de uma coisa - mordi o lábio inferior nervosa - estou saindo com uma pessoa - ele ia abrir a boca mais o interrompi - eu pensava que você era casado e quis tentar te esquecer, e estava até conseguindo mas depois de hoje não sei.

Ele riu e veio até mim sem me dar tempo para pensar e colou nossos lábios, dessa vez nem quis fugir, sentir o gosto de seus lábios era alucinante, a única droga que provei e me deixou viciada nessa vida era sua boca. Nos separei devagar e olhei para ele, sua pele branca, sua boca rosada pelo nosso beijo, nariz perfeito e olhos puxadinhos, sonhei tantas noites com ele que parecia que nada era real, então o belisquei.

– Ai - reclamou.

– Desculpa, era pra ver se não é um sonho.

– Não é - mordeu meu queixo - viu, é real.

– Será que posso ir embora agora? Não quero ficar fazendo isso aqui no meio da rua - olhei para os lados vendo se tinha alguém olhando.

– Eu ia fazer isso na sua casa mas não me deu opção - rouba um selinho.

Pegou minha mão e me puxou para o carro, abriu a porta e eu entrei o vendo fechar e dar a volta entrando do lado do motorista, colocou o sinto e fiz o mesmo com ele dando partida, dei meu endereço e logo ele chegou no local.

Abri a porta de casa dando espaço para ele entrar depois de mim, tirei meus sapatos e esperei ele entrar na sala.

– Fique à vontade, vou tomar banho e já volto.

Ele assentiu e fui rápido para o banheiro, tomei banho, me vesti e penteei o cabelo. Quando voltei para a sala vi ele de pé olhando as fotos que tinha na estante, tinha poucas mas entre elas tinha uma nossa na adolescência, cheguei perto e ele me abraçou.

– Não sabia o quanto sentia a sua falta até de ver de novo - escondeu o rosto em meu pescoço - promete não ir embora?

– Prometo, mas tenho que me resolver primeiro - ele me olha confuso.

– E já não está resolvido?

– O que?

– Você vai ligar pra esse cara e falar que não vai mais sair com ele, que já tem namorado agora.

Olhei pra ele piscando tentando entender direito.

– Você é minha namorada Sn, não sabia disso?

– Desde quando? Por que eu não recebi nenhum pedido de namoro.

– Claro que recebeu - me puxou junto com ele e apontou a foto - aqui, nesse dia.

– Olha quanto tempo isso faz, você casou e teve uma filha.

– Mas nunca deixou de ser minha namorada - me olhou dentro dos olhos e não tive o que falar.

Nessa hora meu celular tocou e vi o nome na tela, era o kang, olhei para o Park e me soltei o indo atender.

– Oi.

– Oi Sn, vamos sair hoje gatinha? - vi Park entrar na minha frente e falar gatinha sem voz me fazendo rir.

– Não vai dar, pode me encontrar amanhã na cafeteria? Queria conversar contigo.

– Claro, nos vemos amanhã.

– Tchau, até amanhã então.

– Até gatinha.

Desliguei o celular e quis rir da cara contorcida do homem à minha frente, ele estava de braços cruzados e me olhava com a cara fechada.

– Gatinha?

– Nem começa - ri.

– Sério isso? Gatinha?

– Acho que é melhor ir embora antes que a Nari acorde.

Ele segura minha cintura e me puxa para perto, chegando o rosto perto do meu ouvido.

– Eu juro que se escutar ele te chamando de gatinha de novo, quebro a cara dele.

– Não vai fazer nada - empurrei seu peito.

– Por que não?

– Se quiser continuar ser meu namorado vai ter que se controlar - ele sorriu e olhou para o lado.

– Então acho que vou passar mais tempo na casa da minha namorada hoje - beijou meu maxilar.

– Nada disso, você vai embora por que sua filha está te esperando, e isso é novo tanto pra gente quanto pra ela, e não quero que ela me odeie por roubar o tempo do pai dela.

– Dá pra parar de falar essas coisas, só manda eu ir embora de vez sem falar assim - suga meu lábio inferior - só me faz gostar mais de você.

– Para de me provocar Park, vai embora logo.

– Por que tá me expulsando tanto? Não gosta mais de mim?

– Enlouqueceu? Gosto tanto de você que a cada minuto tá mais difícil de me controlar, e não vou fazer nada com você antes de resolver essa situação toda com o Kang.

– Cacete vou embora - me beija e vai para a porta - sabe o quanto fiquei excitado agora? Não faz ideia do quanto quero ter você em minha cama - pisca um olho e termina - gatinha.

Quando sua filha gosta da jardineira novaOnde histórias criam vida. Descubra agora