Reencontro

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Ficamos nos olhando sem reação, pensei que nunca mais a veria, ela se mudou para a família do interior depois que seus pais morreram em um acidente de carro, trocamos algumas mensagens no começo até que perdi seu contato de vez, nunca esqueci o último dia dela comigo, foi nossa primeira vez, perdemos nossa virgindade juntos, eu era apaixonado por ela, foi meu primeiro amor, e do nada a vida nos deu uma rasteira. Depois que ela foi embora, entrei para a faculdade de medicina conhecendo a Eui no mesmo curso, tive a Nari e mesmo todo esse tempo, nunca tive notícias da Sn.

– Continua igual - disse quebrando o silêncio.

– Você também Park - vi ela apertando as luvas em sua mão - conheci a sua filha.

– Ela deve ter vindo ver as flores dela - ri - ela não te atrapalhou né?

– Não, que isso, ela é um amor - finalmente consegui ver um sorriso nela - reparando agora ela é a sua cara, achei que estava louca em achar a menina parecida contigo, mas agora faz sentido.

– Appaaa - ia abrir a boca para falar com a Sn, quando a Nari apareceu na porta e veio correndo.

– Oi princesa, estava me esperando? - a peguei no colo e ela fez que sim com a cabeça e beijo seu rosto.

– Appa a Sn que vai cuidar das minhas flores agora, ela é legal e ficou conversando comigo mó tempão - olhei para a Sn e ela ficou tímida - gostei dela, é bonita e cuida das flores que são bonitas também.

Tive que rir da minha filha, gosto da inocência que ela tem, fala as coisas sem pensar e não ver problemas nisso, vejo a Sn nervosa com essa proximidade repentina e decido acabar com esse encontro antes que ela saia correndo.

– Então, até amanhã Sn, se despede dela filha - Nari dá tchau e coloquei ela no chão - vai lavar as mãos eu já entro - ela corre para dentro de casa e me viro para a Sn - Foi bom te encontrar depois de tanto tempo, fico feliz que esteja bem.

– Digo o mesmo.

– Até amanhã Sn.

– Até amanhã Park.

Sn

Me ligaram passando o novo endereço que iria trabalhar, cheguei na casa era enorme e linda, babei no jardim quando o vi, tinha rosas, lírios, tulipas e muito mais flores, era imenso e charmoso com um banco de pedra cinza para apreciar a vista, era de tirar o fôlego. Como trabalhei no campo desde minha adolescência, aprendi a cuidar das flores e amá-las, era meu horário favorito quando ia cuidar delas enquanto estive no interior com os meu tios, passei a cuidar delas como se fossem minhas e vi meu trabalho e amor dar frutos, juntei dinheiro e vim para Seul sozinha, arrumei emprego em uma floricultura e fui me especializar em jardinagem e paisagismo.

Estava feliz com minha vida quieta sem muitas emoções, depois de tanta dificuldade consegui enfim minha paz e estou trabalhando para pagar o empréstimo que fiz para comprar minha casa própria.

Depois de falar com a governanta da casa fui me tocar para começar meu trabalho, meia hora depois e com as mãos sujas de terra vejo um garotinha com aproximadamente cinco anos chegar, a olhei de longe e ela ficou me olhando, dei um tchauzinho e ela sorriu entrando na casa, continuei a mexer nas flores e arrancar algumas ervas daninhas que tinha ali levando um susto com a menina aparecendo ao meu lado.

– Oi moça - deu um sorriso muito fofo.

– Oi - disse olhando ao redor procurando sua mãe.

– É você que vai cuidar das minhas flores? - a fitei e ela me lembrava alguém.

– Sim, sou a jardineira nova, você mora aqui?

– Uhum, meu appa vai chegar daqui a pouco - ela segurava o vestido brincando com a barra dele com seus dedinhos pequenos.

Quando sua filha gosta da jardineira novaOnde histórias criam vida. Descubra agora