CAPÍTULO 5

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Porque na minha cabeça

Sempre foi você

Coração em minhas mãos

Desesperado porque ninguém pode tirá-lo de você, você

Eu tentei reescrever isso centenas de vezes

Mas se não é você, é mentira

Sim, na minha cabeça

Sempre foi você, você

Always Been You - Jessie Murph









Nancy

Quando eu disse para Carla o que havia acontecido ela disse que eu poderia começar a trabalhar depois, pois o emprego ainda continuaria sendo meu mais falando a verdade não achei justo por isso quis ir trabalhar mesmo assim um porque eu poderia estar tirando o emprego de alguém que também precisava e outro porque eu ficaria louca se ficasse em casa sem poder fazer nada, mas desde então estou grudada em meu celular e toda hora eu o pego para ver se não perdi alguma ligação e Rose havia ido para casa já que desde que chegara tinha se dedicado a ficar comigo mas eu fiz com que ela fosse embora descansar um pouco

-Tudo bem querida? - Carla inquiriu se aproximando

-Não - Respondi com sinceridade - Só estou muito preocupada...

-Eu disse que podia ir para casa - Carla disse com seriedade

-Eu não conseguiria ficar em casa sem fazer nada - Suspirei - Eu só...

De repente senti lágrimas vindo aos meus olhos e comecei a limpá-las antes que descessem pelo meu rosto

-Ah querida - Carla me abraçou de lado

-Desculpe - Funguei

-Não se desculpe por ter sentimentos - Carla me advertiu e em seguida acariciou meus cabelos tentando me passar consolo - Nós vamos encontra-la

Eu já não tinha mais tanta certeza mamãe nunca tinha ficado tanto tempo fora de casa

-Sem ela eu não tenho mais ninguém - Confessei triste

-Não fala assim - Me virou para que eu a encarasse - E nós aqui? Não contamos?

-Claro que contam - Suspirei - Mas ela é minha mãe eu não tenho mais ninguém

-Nós vamos encontra-la - Carla tentou me tranquilizar em vão é claro

Eu sei que muitas pessoas pensam que não tenho sentimentos pois pelo que eu vivi na infância era para eu ficar deitada em posição fetal em algum canto com depressão, mas eu escolhi por mim e decidi não deixar que o meu passado ditasse o meu futuro mamãe me levou em um psicólogo meses depois de eu estar morando com ela e ele me disse que tudo bem chorar ou sentir tudo o que me foi feito mais eu não deveria deixar com que a minha dor me definisse e nisso ele estava certo eu nunca mais deixaria aquela mulher me afetar mesmo que de longe

-Oh filhinha - Jamil me abraçou do outro lado me consolando junto a esposa - Se eu pudesse arrancar essa dor juro que eu faria

-Eu também - Me permiti ser consolada pelas duas pessoas mais amáveis e confiáveis que já tive i prazer de conhecer

Doces e Malícias (Livro 4) - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora