Capítulo 2 - Reunião de Negócios

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Dia seguinte...

POV. JUSTIN

"Enquanto caminho pelo vale da sombra da morte
Dou uma olhada na minha vida
E percebo que não sobrou nada
Porque tenho farreado e me divertido por tanto tempo...

Aumentei o som e acelerando ainda mais o carro. Fazia um bom tempo que não vinha pra Los Angeles, comandava tudo de longe mas decidi que vir pra cá de vez era a melhor opção. Casa nova, negócios novos.

O celular tocou e vi que era o Gael. - Estou chegando merda. - falei sem tirar os olhos da estrada.

- Está certo chefe só liguei pra avisar que já estão todos aqui. - não respondi nada, apenas desliguei.

Nós desperdiçamos a maior parte das nossas vidas
Vivendo no paraíso dos bandidos


Estou vivendo a vida, viver ou morrer, o que posso dizer?
Tenho 23 anos agora, será que viverei até os 24?
Do jeito que as coisas vão, sei lá

Comecei a buzinar freneticamente quando estava chegando no galpão. Ryan estava do lado de fora com alguns seguranças.

- Gosta de um show né. - falou quando me aproximei.

Ri pelo nariz e fui entrando no galpão vendo todos reunidos.

- Então... - comecei a falar. - Aqui será nosso novo lar mas pra isso tenho que fazer alguns ajustes.

Aqui as coisas eram mais movimentadas do que no Canadá, por isso decidi abrir mais negócios.
- Boates, restaurantes e cassino em Las Vegas serão nossos trabalhos legais.

ninguém podia desconfiar quem nós somos de verdade então tínhamos que trabalhar como qualquer cidadão de bem.

- Chaz Sommers. - apontei pra ele. - Médico, acaba de arrumar um trabalho em um hospital.
- Christian Beadles. - apontei pra ele. - Vai ficar encarregado do restaurante, será chefe de cozinha.
- Caitlin Beadles. - apontei pra ela. - Modelo.
- Ryan. - apontei pra ele. - Bom, o Ryan coitado mal saiu das fraldas, ainda tá na escola. - vi ele fechar a cara.

- E o senhor? - vi algum homem perguntar.

Me aproximei dele. - Qual é o seu nome?

- Marcus.

- Bom, Marcus. - voltei pra onde estava. - Sou empresário e tutor de Ryan.

Não podíamos vacilar, tiamos que pisar em ovos. Se alguém perguntar o que fazemos, porque vão, com o que trabalhamos, não podíamos dizer " ah, trabalho na máfia, sendo gangster" isso seria nossa morte. Então ter uma vida dupla seria o mais sensato a se fazer.

Liberei todos da reunião restando apenas eu, Ryan, Chaz e os gêmeos Chris e Caitlin.

- Cara, isso é muito desafiador. - Chris

- Por mim tudo bem, ser modelo pra mim é um sonho. - Caitlin.

- Já tenho meu certificado em mãos. - Chaz diz. - Falso claro.

- Mas nossa gangue tem que ser nossa prioridade. - falei enquanto bebo um copo de whisky. - Ter esses trabalhos normais não vai levantar suspeitas.

- Eu fico de boa nessa história. - Ryan fala largado no sofá.

- Claro, você é um pirralho. - Caitlin fala com um Tom de deboche.

- Engraçado que na cama você não acha isso. - respondeu.

Caitlin fechou a cara na mesma hora. - Ele tá mentindo maninho. - se vira pra Chris.

- Acho bom. - Chris olhou seriamente pra Ryan.

- Óbvio que não, Caitlin fica atiçando meu menino. - me intrometi.

- SEU BOSTA, CALA A BOCA. - Caitlin se exaltou, se levantando pra ir embora. Chris a acompanhou.

- Já vai querida? vem contar as novidades. - gritei debochando.

Essas garotas começam mas depois não aguentam.

[...]

POV. HAILEY

Uau, esse lugar é um paraíso. Nesse momento estou na casa do Ryan já que a professora pediu pra eu entregar um exercício porque ele não foi hoje pra escola. O Matteo falou que não podia mas me deu o endereço.

Olhava toda distraida na sala enquanto a empregada foi chamar o Ryan. Única coisa que achei estranho foi seguranças por toda parte.

- O que essa bonequinha tá fazendo aqui? - escuto uma voz rouca atrás de mim, me fazendo paralisar.

Me viro pra encarar. - Vim falar com o Ryan... - começo a falar ao ver que era o tal Justin.

- O Ryan está indisponível. - responde depois de me analisar de cima a baixo, depois se afasta. - O que quer?

- Vim deixar um exercício que a professora me pediu pra entregar. - entreguei pra ele. - ele não foi hoje.

- É, ele tem coisas mais interessantes pra fazer. - joga o papel em uma mesinha que havia ali.

Dei um sorrisinho fraco, um pouco sem graça. - tchau...

- Que foi? Tá esperando eu te levar até a porta? - ele fala depois de uns minutos. - Vaza.

Sai do transe balançado a cabeça e caminhei pro portão sem falar mais nada. Esse homem é realmente estranho porém bonito.

Cheguei em casa e entrei no meu quarto me jogando na cama.

- Que demora foi essa? - escuto Carol falar saindo do banheiro.

- Fui na casa do Ryan. - me sentei pra encara- la. - Mas nem vi ele, vi aquele tutor dele o Justin.

- Do racha?

- Sim e ele é muito estranho, praticamente me expulsou de lá. - falei um pouco incrédula.

- O Ryan não é muito diferente né. - comentou.

- Ainda não entendi essa implicância sua com ele.

- Não é implicância, só acho que ele não é quem as pessoas pessoas pensam. - respondeu penteando o cabelo.

- e ele é o que então?

- Descubra. - dá de ombros.













Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora