Capítulo 4 - Desejo

82 4 5
                                    

POV JUSTIN

Peguei uma maconha dentro do meu criado- mudo e fui pra janela. A festa ainda estava rolando mas eu não tinha nenhuma vontade de tá ali. Minha cabeça estava a um milhão, tinha a inauguração da boate, do restaurante e ainda tinha que ser o tutor de Ryan por aí. Apesar dele ser um dos meus aliados, o Ryan não estava incluído em todos os meus negócios. O meu braço direito sempre foi Chaz, em tudo.

Escuto alguém bater na porta e grito pra entrar sem desviar o olhar da festa.

- Desculpa a demora, eu fui deixar a Hailey e Carol em casa e tava um maior trânsito... - Matteo começou a se explicar.

E por falar nela meu sangue ferveu. - Quando eu falar pra vir, é pra você vir no mesmo minuto, foda-se as meninas. - me virei pra encara-lo. - Essa Hailey não me desce, muito atrevidinha pro meu gosto. - falei irritado.

- Pega leve, ela acabou de chegar e...

- E ainda por cima, fala errado. - o interrompi. - Ela é da onde? Do Brasil? Só podia ser.

Conheço brasileiros de longe, são todos atrevidos e sem noção.

- Eu não te chamei aqui pra isso né. - continuei a falar e fui até o closet e peguei um saco de drogas. Cocaína, maconha e md.

- Vende isso na escola. - entreguei o saco. - 15% dos lucros é seu.

- Só isso? Eu não vou me arriscar pra receber apenas 15%. - ele diz conferindo as drogas.

Revirei os olhos. - Tá bom, 20%.

Ele ia falar algo mas mandei ele vazar. Não quero muito papo. É o que digo e pronto.

[...]

- EU JÁ FALEI QUE NÃO PORRA. - me levantei pronto pra dar uma surra nessa vadia.

- Só quero um pouquinho. - Caitlin tenta pegar a maconha da minha mão.

Apertei seu braço com força. - Virou viciada agora?

- Que isso Justin? Solta ela. - Christian apareceu.

- Não.

Ele me afastou dela. - Sai daqui Caitlin. - falou enquanto me segura. E assim ela saiu da nossa vista.

- Me solta merda. - falei entre dentes, me afastando dele.

- Cara, eu não gosto quando você faz isso. - Chris diz e se senta no sofá.

- A sua irmã é uma mimada e daqui a pouco ela tá  uma drogada viciada pelos cantos. - me sentei também. - essas drogas são pra venda.

- Porra ela é minha irmã, será que dá pra respeitar? - responde enquanto bebe uma vodka. - Eu sou bem respeitoso com a sua.

- Claro, ela é uma criança.

- Coisa que você não dá a mínima né, já que matou uma.

Isso é uma coisa que me arrependo, a única coisa. Mas são águas passadas e vida que segue agora.

- Ok, chega desse assunto. - falei impaciente. - Vamos ao que interessa.

Mostrei a planilha do esquema pro final de semana. Um assalto a um caixa 24h. Por enquanto não quero um movimento muito grande, acabamos de chegar. Temos que ser cautelosos.

- E porque não o posto de gasolina? - Chris pergunta enquanto analisa a planilha.

- E eu lá sou gangster de ficar assaltando postinho de gasolina. - revirei os olhos pra essa ideia.

Organizei as pastas nas gavetas e Chris fazia os comunicados pra os meus homens. - Aquele Marlon também? - pergunta mexendo no notebook.

- Não. Ele acabou de ser contratado. Vamos deixar ele ser apenas ser o segurança da boate.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora