Por Acaso

Capítulo 9 - O que você é?

POV HAILEY

Caminhei pela areia e me sentei sentindo a vibe que esse lugar transmite. Me cansei de tanto cair do skate e vim pra cá sozinha, deixando a galera pra trás. A água do mar não passava dos pés e me deitei fechando os olhos. Senti alguém do meu lado e me sentei na mesma hora.

- Justin?

Fiquei surpresa com a sua presença, não imaginei encontrar ele aqui.

- Oi menina Hailey. - ele estava sem camisa, me desconcentrando um pouco.

Desviei o olhar e deitei novamente, ele fez o mesmo. Ficamos vários minutos em completo silêncio, o que estava me incomodando um pouco.

- Não vai falar nada não? - perguntei olhando pro céu todo estrelado.

- O que quer que eu diga?

Me sentei e peguei minha sandália pra ir mas ele pegou minha mão, me impedindo de levantar.

- Vai fugir de mim agora?

- Não tenho o por que fugir de você, é que tá bem tarde.

- Se eu dizer que estou aqui por causa de você, acreditaria? - falou se aproximando.
Balancei a cabeça negativamente e me deixando levar pelo seu toque. Até que me beijou, estávamos em completa sintonia.

- Justin, para. - quebrei o beijo. - O pessoal já tá me esperando.

- Todo mundo já foi embora. - respondeu e beijou meu pescoço.

Eu não acredito nisso, ele mandou todo mundo ir e eles simplesmente me deixam aqui.

- Golpe baixo. - falei ao sentir seus dedos em minha vagina.
Ele tirou meu short e começou com os movimentos de vai e vem, eu já estava completamente louca. Ele parou e começou a me penetrar com força, me fazendo gemer um pouco alto.

Ele sabe como me dar prazer. E não quero que isso acabe tão cedo.

[...]

O garçom trouxe os sorvetes e Marlon já foi direto ao ponto. Ele me trouxe em uma sorveteria pra conversarmos um pouco e não faço ideia do que se trata.

- Eu gostei muito de você e Carol só que tem coisas que tô vendo que não acho legal. - falou.

Eu o encarei sem entender. - Do que tá falando?

- Você passa a noite fora e não avisa e não foi só uma vez, você molhou todo meu sofá no dia da faxina e sem contar que outro dia você tava na balada que eu trabalho dançando que nem uma puta. - pera aí, agora ele foi longe demais - Conversei com a agência do intercâmbio e escola e você vai mudar de host family.

- Tu tá me chamando de puta? - me levantei na mesma hora, incrédula. - Me respeita. - joguei o resto de sorvete na cara dele.

Sai dali enfurecida. Eu que não quero ficar naquela casa com um homem desses, quem ele pensa que é pra me chamar de puta. Eu não ficaria nem mais um minuto naquela casa. A raiva que eu estava sentindo aumentava, eu estava com ódio da cara dele. Atravessava as ruas sem prestar muita. Atenção no trânsito até que um carro vinha na minha direção em alta velocidade me fazendo paralisar, por sorte o motorista freiou pouco metros de mim. Quando olhei quem era, não acreditei, era o Justin.

Ele desceu do carro irritado. - Presta atenção imunda.

Sai do transe. - Vai pra merda. - gritei com as lágrimas escorrendo e segui o meu caminho.

Por uma parte o Marlon tinha razão mas não precisava me insultar, o que me deixou irritada. Entrei na casa e fui direto pro quarto pegando minhas malas e arrumando minhas coisas.