Capítulo 16 - O inesperado

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POV HAILEY

Eu prometi pra mim mesmo que ia ficar longe do Justin mas agora estou aqui na cama com ele, que dormia. Respirei fundo, como que faz pra resistir a isso, ele parecia um anjo dormindo de tão sereno que estava mas quando está acordado é um demônio. Mas isso não faz eu perder o interesse, o que era grave. A verdade é que estou começando a ter sentimentos mais fortes e sei que tenho que controlar isso por que a realidade de Justin é bem diferente da minha, que futuro a gente iria ter? Não posso criar muitas expectativas mas quero curtir o momento.

Me levantei, precisava tomar meu café da manhã. Assim que desço as escadas me deparo com a Alexia na sala com Carol.

Forcei um sorriso. - Bom dia Alexia.

- Bom dia, eu vim aqui dizer que hoje a noite tem um novo racha. - Alexia falou e eu achei até uma boa ideia.

De repente aparece Justin, descendo sem camisa. Minha vontade era de mata-lo.

- Justin o que tá fazendo aqui? - Alexia perguntou arqueando a sobrancelha.

Olhei pra Justin seriamente. Espero que não fale demais.

- Vim... - olhou pra mim buscando resposta. - Vim trazer notícias do Ryan.

- Sem camisa? - aí cala boca Alexia.

- Sim, muito calor né. - Justin respondeu com preguiça.

- Eu tava achando que você tava fugindo de mim. - ela cruzou os braços.

- Não minha querida. - Justin forçou um sorriso. - É que ando muito ocupado.

Aí fala sério esse papo tava me dando uma preguiça.

Então me meti. - É que ele se redescobriu. - apontei pro Justin que fechou a cara na hora.

- Do que tá falando Hailey? - perguntou entre dentes.

- Alexia você tem que ser forte. - me virei pra ela. - O Justin é gay.

Carol tentou disfarçar a risada e Justin me olhou incrédulo.

- Justin, você é gay? - Alexia encarou Justin, chocada.

- Claro que não. - gritou. - Que merda é essa Hailey?

- É que pessoas assim demoram pra admitir. - dei de ombros.

[...]

Derramei leite condensado em seu abdômen e passei minha língua, começando por seu peitoral e fui descendo até chegar em seu membro que por sinal já estava bem acordado. Passei minha mão por cima da calça e dei um sorriso sacana pra ele. Abri o zíper e coloquei pra fora, começando a dar leves lambidas na cabecinha. Ele arfava e pedia pra eu chupar logo e assim eu fiz, coloquei tudo na boca fazendo movimentos de vai e vem. Seu gemido rouco me fez intensificar. Ele gozou e todo seu gozo foi parar na minha cara e passei a mão e coloquei na boca.

- Boa garota. - Justin me puxou para um beijo.

Me colocou de quatro e começou a me penetrar. Eu segurava com força o travesseiro e ele dava tapas na minha bunda me fazendo gemer um pouco alto. Gozamos e ele caiu do meu lado.

- Vou visitar o Ryan. - falou se levantando.

- Também vou.

- Não.

- Tudo bem, tenho que ir comprar uma roupa pro racha de hoje.

- Não, você não vai

- Você não manda em mim, não é só porque a gente namora que você manda em mim. - falei brava. Nunca que eu vou obedecer Justin.

- Não namoro com ninguém. Já devia saber como sou. - respondeu indo pro banheiro.

Fiquei incrédula por um tempo mas depois me levantei furiosa me pegando minhas roupas e me vestindo. Eu sou muito burra por cair na do Justin. Eu não devia mas estava sim criando expectativas com ele por que o Justin dava a entender que queria estar comigo e blá blá blá.
Desci as escadas na pressa e dei de cara com quem menos queria ver. O Chaz.
Sai do transe saindo de lá o mais rápido, limpando lágrimas que escorriam e lutei pra não chorar.

[...]

Assim que cheguei no racha havia uma aglomeração de pessoas em um círculo.
Havia muita gritaria e cheguei mais perto pra ver do que se tratava. Minha boca se formou um completo 0, quando vi Justin dando chutes e pauladas em um rapaz. Fiquei apavorada com a cena.

- Hailey? - Justin falou surpreso ao me ver.

Sai do transe e andei apressada pra ir o mais longe dali. Comecei a chorar, não pude evitar. Aquilo foi um absurdo.
Escutei Justin me chamar e apressei os passos ainda mais. Ele vinha atrás de mim.

- Fica longe de mim. - gritei chorando sem olhar pra ele.

Até que ele me alcançou e me puxou pelo braço. - NÃO DÊ AS COSTAS PRA MIM. - falou entre dentes.

- Como é que você consegue? - falei sem parar de chorar. - Como consegue dormir depois das coisas que você faz? Você destrói vidas Justin.

- Você não sabe, ele...

- Quem você acha que é? Deus? Acha que pode acabar com as pessoas simplesmente por que tava no tédio? Você é patético.

- Garota esse papo agora não. - respondeu nervoso. - Eu não vou mudar nem por você e nem por ninguém.

Molhei os lábios balançando a cabeça incrédula. Não queria prolongar isso
o e o que fiz foi ir embora. Ele não veio mais atrás de mim.

Eu tentei, eu juro que tentei. Tentei relevar muita coisa mas nunca vou achar isso normal, achar que eu e Justin poderíamos dar certo foi um erro, erro grande.
Cheguei em casa e fui direto pro quarto, peguei meu celular e fui pra sacada. Queria ouvir minha mãe e liguei pra ela.

- Oi filha, tudo bem?

- Tudo bem, eu estou com muita saudade. - respondi com lágrimas descendo.

- Hailey, o que foi? Tá com a voz de choro.

- Não é nada mãe. - limpei minhas lágrimas. - É que te amo e estou morrendo de saudade.

- Eu te amo filha, depois a gente se fala já tá de madrugada e preciso dormir.

- Tá, boa noite. - desliguei o celular.

Eu estava no meu limite, sinto que a qualquer momento uma bomba cai sobre minha cabeça, Sintia uma angústia.

Quando andei pelo quarto me deu uma tontura e me apoiei na parede, até que deu vontade de vomitar e corri pro banheiro. Não estava bem fisicamente e principalmente mentalmente.
Vomitei toda minha janta e respirei ofegante. Me olhei no espelho e minha visão ficou embassada mas logo voltou ao normal. Sai do banheiro e me assustei com Carol na porta.

- Isso tá com cara de gravidez. - ela falou e eu revirei os olhos pra esse absurdo.

Isso tá fora de cogitação.

- Você vomitou muito no bar. - começou a analisar. - Teve tonturas, seu humor tá muito bipolar, teve cólica?

- Isso não tem nada a ver. E sim, eu tive cólica mas não menstruei.  - pode ser qualquer coisa menos gravidez.

- Amanhã quando acordar é pra fazer o teste, eu compro. - ela falou, isso já tá me irritando.

- Não, eu não vou fazer teste nenhum. - protestei.

É óbvio que não estou grávida. Eu espero.

Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora