Livro 03
Vincent Black; um garoto que é rejeitado pela família por ter um jeitinho diferente. Desde novo sempre escutou os pais dizendo que preferiam sua irmã do que ele, via ela ganhando presentes que desejava e o carinho dos mais velhos, enquanto...
Me sento na cadeira que tio Arthur estendeu na areia para mim e agradeço me relaxando no local.
Estamos em uma praia perto de onde moramos, as nossas aulas estão passadas por causa das férias e então todos decidiram fazer o mesmo e cá estamos.
Observo minha irmã e Jace correndo pela areia em direção ao mar. Seu sorriso feliz me deixa totalmente focado e suspiro.
Mesmo depois de tudo ela ainda tem um sorriso lindo estampado no rosto. Se eu pudesse fazer qualquer coisa para impedir que tudo aquilo tivesse acontecido, eu faria.
Suspiro, coloco minhas pernas para cima da cadeira e previono is lábios enquanto olho para a cena que deixa meu coraçãozinho apertado e doendo.
Richard está passando protetor solar em Axel, ele está cuidando de seu filho, está preocupado.
Uma coisa tão simples mas tão importante.
Eu queria ter isso...
— Ei, Vin. — desvio o olhar o levantado e encontrando tio Arthur parado em minha frente com várias coisas em suas mãos me deixando confuso.
— Hum — resmungo olhando em seus olhos azuis e esperando a continuação.
— Levanta.
Faço o pedido ainda confuso. Ele deixa as coisas no chão e pega um frasco. Permaneço calado enquanto ele começa a espalhar o conteúdo em meu rosto, pescoço e no meu colo. Logo ele pega duas boias e as encaixa em meus braços as enchendo em seguida.
Meus olhos marejam sem permissão mas não me contenho.
— O que foi, pequeno? — ele questiona ao voltar o olhar ao meu rosto.
— Nada. — fungo torcendo o nariz.
— Não vou insistir. — ele levanta as mãos. — Vai lá atrás da Anna. Só tome cuidado pra não ir muito pro fundo. Qualquer coisa me grita.
Concordo passando a mão no rosto e aceno pra ele indo em direção a minha irmã.
Fico com ela e Jace na água por um tempo, eles decidem sair mas eu continuo por ali mas não muito pro fundo.
Estava distraído olhando para o mar e brincando com a água quando senti um duas mãos grandes em minha cintura me assustando. Dou um pulinho pelo susto e olho para trás com os olhos arregalados dando de cara com Alan.
Ele ri de uma maneira exagerada, fico emburrado e cruzo meus braços fazendo um biquinho enquanto ele permane rindo que nem um doido.
— Foi mal, cachinhos. Mas deveria ter visto sua cara. — ele continua rindo.
Alan percebe que continuo o olhando emburrado e tentar se conter.
— Tio Arthur estava te chamando, mas você não ouviu.
O olho ainda com um bico e ele suspira. Penso que ele vai sair mas sou pego totalmente de surpresa quando ele se abaixa e pega em minhas penas me colocando em seus ombros.
— Ei! — exclamo assustado começando a bater em seus costas pela posição. — Põe o Vin no chão!!
— Não. — Alan diz simplesmente, caminhando — E para de bater nas minhas costas, seus tapinhas dói.
— Não!
Fico calado e paro no mesmo instante que sinto sua mão subir por minha coxa e apertar firmemente. Engulo em seco pela sensação que causou e decido não dizer nada.
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