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Infelizmente para a ética da psicologia e para Steven Grant, as informações das quais Verena havia escrito em seu relatório não seriam totalmente privadas

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Infelizmente para a ética da psicologia e para Steven Grant, as informações das quais Verena havia escrito em seu relatório não seriam totalmente privadas.

Não, a mulher, que na maior parte do tempo não gostava de pensar em si mesma como uma psicóloga, não iria divulgar o que lhe foi contado em sessão para o mundo todo. Mas isso não queria dizer que não usaria em beneficio próprio.

Verena sabia que fazer coisas assim ia totalmente contra tudo o que aprendeu durante a faculdade e nas suas especializações. Com a maior parte dos pacientes aos quais atendia usava a risca todas as regras e era o mais ética possível. Tinha noção inclusive, que agia assim para compensar as vezes em que não conseguia ser tão profissional quanto mandava a cartilha.

E Steven Grant era uma dessas vezes.

A verdade era que Verena não era apenas uma psicóloga, nem mesmo apenas uma mulher sem graça em seus já trinta e poucos anos que se dedicava demais a carreira. Ela também era uma mercenária. E essa segunda profissão era a que tomava a maior parte das horas de trabalho de sua vida.

Ela entendia que essa outra face de sua vida não era muito bonita. Verena não se orgulhava de muito do que tinha feito para cumprir os contratos que obtinha. Mas o mundo não era bonito também e ela gostava de acreditar que não era hipócrita. Muitas vezes era preciso fazer coisas feias para sobreviver. E a lista de Verena era bem grande.

Mas não era tão grande quanto das pessoas que a contratavam.

Na maior parte das vezes, Verena tentava se envolver ao mínimo com seus clientes. Não queria conhecer suas histórias ou seus motivos, pois se o fizesse, acabaria dando ouvidos aquela vozinha chata que ela chamava de consciência e acabaria deixando o trabalho de lado. Essa foi uma regra que estabeleceu logo no começo de sua vida como mercenária, quando acabou ouvindo mais do que devia e quase morreu por isso. Hoje em dia, se quisesse, podia dispensar trabalhos que sabia não ter estômago para fazer, mas antigamente, esse luxo não existia e Verena tinha uma lista grande de arrependimentos.

Mas eles eram algo a serem tratados no dia que morresse. Sabia bem o que lhe esperava no pós morte. Seja lá qual fosse o Deus que dominava tudo, não seria bonzinho. Mas enquanto ela não morresse, não precisaria se preocupar com isso. No momento, o que realmente precisava se fixar era em conseguir um taxi que a levasse para um hotel.

Fases Da Lua: Sombra Da VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora