06

92 16 6
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Considerando que tiveram vinte horasde vôo, Verena aproveitou que não haveria como suas duas crianças fugirem de dentro de um avião em pleno ar para fazer tudo aquilo que não conseguia desde que chegou no Cairo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Considerando que tiveram vinte horas
de vôo, Verena aproveitou que não haveria como suas duas crianças fugirem de dentro de um avião em pleno ar para fazer tudo aquilo que não conseguia desde que chegou no Cairo. Tomou um longo banho, passou pomada em todos os hematomas que cobriam seu corpo, bebeu alguns bons goles de água e dormiu. Dormiu por várias horas seguidas sem se incomodar com os olhares curiosos que a encaravam a cada segundo.

Após tentar ouvir, sem sucesso, a conversa de Steven e Layla do outro lado da cabine, Verena decidiu que não valeria a pena se privar de seu sono apenas por conta daqueles dois. Ela sabia que eles não fariam isso se tivessem em seu lugar, então por que não aproveitar? Se acomodou em sua poltrona, fechou seus olhinhos e esperou as doses de melatonina em seu sistema misturada aos remédios para dor fazerem sua função. Minutos depois, estava dormindo feito um bebê.

E a maior parte de seu sono lhe pareceu ser bem tranquila. Podia sentir seu corpo relaxado sob o cobertor fornecido pelo avião, assim como aquela preguiça gostosa que só uma soneca podia proporcionar. Mas isso não deve ter passado das primeiras horas, pois logo seu sonho conhecido e nada adorável voltou a ser cartaz no cinema de sua mente, a fazendo acordar com a testa coberta de suor frio e as mãos trêmulas.

Seu nível de estresse e ansiedade deveriam estar muito altos se havia tido aquele sonho duas vezes seguidas em um intervalo tão pequeno de tempo. Se não estivesse em meio a uma missão, teria recorrido a caixinha de calmantes que carregava em sua bolsa para tentar voltar a dormir. Porém, ainda tinha mais uma semana pela frente antes que pudesse se entregar aos braços do absoluto nada proporcionado por seus velhos amigos.

— Pesadelos? — uma voz carregada por um sotaque inglês falou em meio a escuridão em que a cabine do avião estava, fazendo Verena se sobressaltar em sua cadeira.

Sentado na poltrona a sua frente, Steven a observava com um olhar quase preocupado. Verena passou uma mão pelo cabelo e a outra levou o coração que se antes já estava acelerado por conta de seus sonhos, agora estava quase saltando do peito pela aparição repentina.

— Você me assustou! — suspirou a mulher afastando o cobertor de cima de seu corpo. — E não. Não era um pesadelo.

— Para mim se parecia com um pesadelo.

Fases Da Lua: Sombra Da VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora