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[ Oi. Desculpa chamar tão tarde.]
[ Será que podemos conversar?]

digitando...

Armin não aguentava mais a demora para o garoto digitar, cada segundo parecia uma década. O menino ficou confuso quando olhou para a tela e não estava mais "digitando", ele esperou, esperou, e nada. Isso só deixou Armin mais nervoso. Ele largou o celular, seja o que Eren estava fazendo, com certeza deve ser mais importante, assim pensou o menino loiro, já triste.

**************************************

Eren estava na cozinha de sua casa quando seu celular fez um barulho, o que indicava que alguém tinha lhe mandado mensagem. Um sorriso abriu no rosto do moreno quando viu o nome da mensagem que tinha lhe mandado mensagem, "Loirinho❤️". Eren tinha salvado o contato de Armin desse jeito desde que ele se lembra de ter um celular, mas estava apenas "Loirinho", quando Eren descobriu que gostava de seu melhor amigo, ele apenas adicionou um coração ao nome do contato.

Eren leu a mensagem e logo ficou com um frio na barriga, Armin queria conversar com ele, Eren queria isso mais que tudo, precisava falar com o loiro, explicar tudo o quê estava acontecendo sobre eles.

Abriu a conversa, e começou a escrever para Armin. Quando ia enviar sua resposta, seu celular não estava mais em sua mão, seu pai tinha tirado com tudo, Eren nem sequer tinha ouvido ele entrando na cozinha.

Eren apenas bufou e disse:

- Pode me devolver, por favor? - Não queria discutir com seu pai naquele momento, não aguentava mais as brigas diárias, ainda mais naquela hora que estava falando com seu "amigo". - Eu estava conversando com uma pessoa, não é muito educado retirar o celular de uma pessoa com tudo desse jeito. - Disse com um sorriso sarcástico.

- Você não cansa dessa porcaria? - Diz Grisha indo em direção a geladeira, ainda com o celular de Eren na mão. -  Vai no mercado hoje, compre óleo, acabou os que tinha aqui.

- Não vou ficar em casa hoje.

- Como assim? - Grisha se vira para olhar o garoto

- Vou dormir na casa do Zeke. Agora pode devolver meu celular? - Diz Eren com uma paciência que não sabe de onde ele tirou.

- Você está passando demais na casa dele, que eu saiba sua casa é aqui.

- Infelizmente... - Grisha ouve aquilo e vai em direção ao menino.

- O que você disse? Você ainda ousa reclamar depois de eu te dar tudo? comida, uma cama, um teto. - Agora os dois estavam cara a cara. Em nenhum momento Eren abaixou sua cabeça.

- Juro que eu preferia morar na rua do que viver nessa porra de casa com você. - Acabou aquele paciência que Eren tinha.

Em um movimento brusco, o menino puxa o seu celular da mão de seu pai e se vira para sair dali. Quando estava prestes a sair dali, sente uma mão o segurando seu pulso, e o puxando para trás.

- Você ficou louco, muleque?! - Grisha agora estava com seu dedo indicador apontado na cara do garoto que roçava os dentes pela dor de o punho de seu pai estar apertando seu pulso.

- Me solta. - Eren tentou se soltar, mas sem sucesso, Grisha o empurrou com tudo contra a parede, o que fez Eren gemer de dor.

- VOCÊ SEMPRE VAI SER UM FARDO PRA MIM, NÃO É? JA NÃO BASTA TER FEITO SUA MÃE MORRER, E AGORA QUER FICAR SE PAGANDO DE INDEPENDENTE? - Eren queria chorar, queria muito, mas não queria fazer isso na frente de seu pai e perder sua postura.

- Seu desgraçado, acha mesmo que fui eu que matei ela? Não era eu que gritava com ela o tempo todo, a fazendo chorar toda noite. - Eren agora estava com uma voz fraca por estar segurando o choro. - Sabe, eu não ligo se você me acha um fardo, eu tô pouco me fudendo pra você, saiba que eu te odeio tanto, mas tanto mesmo. Queria que minha mãe estivesse aqui, e você lá no túmulo.

Por que não? - 𝗘𝗿𝗲𝗺𝗶𝗻 Onde histórias criam vida. Descubra agora