03. the hydrangea lane

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› march 17th, 1989 ‹ ♡
5:38 PM

mirae não gostava de ir à casa dos parentes de sua mãe - tirando sua adorada tia galina - mas adorava usar vestidos bonitos dos quais secretamente se gabava; rodopiou em seu vestido branco, que se mostrava quase uma réplica dos que sua bisa usava quando era criança. combinando com a faixa e laços azulados em sua roupa, max amarrou um destes em seu cabelo, mantendo a franja e algumas mechas de seus fios soltos afastadas da face. saiu alegre de seu quarto e eventualmente se deparou com seu "príncipe encantado" de terno e gravata.

− adini, você está linda! ― engels exclamou.

− você também, princesa. ― alexandra fez mirae sorrir.

− obrigada, nini. ― sorriu max ― onde a lenchen está?

− no banheiro, se arrumando.

− ah, ok.

[...]

não vendo outros meios de se entreter, recostou mirae sua cabeça contra a janela do carro de sua mãe, com os braços cruzados e um olhar vago. os postes e árvores fugiam de sua visão cada vez mais rápido à medida que o número de quilômetros percorridos por hora aumentava no painel do veículo antes de as residências voltarem a aparecer, indicando que estavam no bairro dos apóstolos. o carro passou a se mover devagar - seoyun e suas duas filhas mais velhas procuravam uma placa escrito "rua das hortênsias; de 135 a 768". agora na rua em si, a tarefa era ver o número setecentos e trinta e dois no muro de uma das muitas casas ocultas pela noite.

dada a localização, deixaram o carro. mirae chegou a revisar seu mandarim e coreano, já que era capaz que a enteada de seoyun não falasse íbero-harkaltlandês nem alemão, que im usava no dia-a-dia.

batendo à porta, seoyun notificou sua própria presença. a porta fora aberta por uma menina de fios curtos e lisos com um laço vermelho; ela analisou rapidamente seoyun e depois cada uma das três filhas, com um pouco mais de atenção direcionada a max.

em perfeito íbero-harkaltandês, questionou:

− são parentes de misuk? ― ela restringiu com o corpo a passagem das potenciais convidadas. seoyun fez que sim com a cabeça e a estranha desbloqueou o caminho.

− qual é o seu nome mesmo? ― o nome da garota tinha sido dito a seoyun, mas a política não era capaz de o recordar.

− gioro qiaoying. ― seu sobrenome era incomum, mas seoyun não questionou.

− estas são minhas filhas, max, leonora e alexandra. max tem a mesma idade que você. ― seoyun as apresentou brevemente.

elas entraram. mirae fez contato visual com a gioro, que parecia indiferente; na sala de estar, misuk e seu parceiro aguardavam, sorridentes. misuk e seoyun se abraçaram, mas dava pra sentir a falsidade impregnada nas paredes e móveis - o pai de qiaoying se levantou, cumprimentando a política com um aperto de mão; mirae, a filha que estava mais perto, foi vítima de uma tentativa de abraço por parte do homem, e não tardou a fazer escândalo.

− tira a mão de mim. ― ela declarou, vendo os olhares odiosos da mãe e da tia.

− eu vou chamar a charlie, ela está brincando lá em cima. ― misuk anunciou, de imediato caminhando até o andar superior.

a criança finalmente descera as escadas, com o que parecia ser uma caríssima boneca de porcelana - como puderam deixar uma relíquia tão delicada em posse daquele pequeno diabinho?

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