09. honey whispers and bloody kisses

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TW: violência, morte

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⋆·˚ ༘ * 18 de maio de 1989 ★ quinta-feira

jihyun não conseguia acreditar que as coisas estavam indo bem desde aquele beijo. apesar de já ter frequentado o apartamento de haeyeon mais vezes, isto ocorrera antes que entendesse (a maior parte de) seus sentimentos por jang. mesmo que as decorações não tivessem movido sequer desde então, ela sentia diferença. talvez visse com mais clareza como haeyeon colocara pedaços de sua personalidade em cada item ou im somente amava tudo relacionado ao seu amorzinho.

aquele dia dezoito de maio não era um dia de semana normal: o dia da trégua, que celebrava a vitória harkaltlandesa na batalha de três anos do vale das lágrimas, que findara-se em 1899, estava sendo celebrada quando o ataque do korpparg chegara à marca de um mês. sabendo que mirae e minju estavam quase 100%, jihyun planejava atender o desfile com seus amigos à noite.

im balançava suas pernas ao que sentia a solidão de sentar-se a alguns metros de distância de haeyeon, que procurava por uma roupa em seu armário que combinasse com as cores da bandeira: turquesa-acinzentado, preto e branco. então as palavras de sua amada ecoaram pelo corredor:

− jihyun, você pode vir aqui por favor?

im não hesitara por um segundo sequer antes de correr até a origem do som.

− se estivéssemos indo pra um lugar mais formal, este vestido ficaria bom? ― indagou jang.

com sua face assumindo o tom avermelhado de uma cereja, jihyun fez que sim com a cabeça no que admirava cada curva que o vestido da mesmíssima cor destacava. no que haeyeon rodopiava e mostrava o vestido sem costas, jihyun ficava cada vez mais hipnotizada com sua beleza.

e então jihyun se perguntou: eram somente amigas? aquele beijo foi um evento único? seu amor era recíproco?

contudo, a mais nova não devia se exasperar pois haeyeon tinha as respostas para todas as perguntas antes que im pudesse sequer fazê-las. jang sabia muito bem o que ela estava fazendo quando suas mãos cálidas agarraram uma jihyun trêmula pelo pescoço, dando-lhe um longo e impetuoso beijo.

apesar de chateada com o fim do ósculo, jihyun sorriu e corou por estar cada vez mais perto de se tornar a pessoa mais feliz em harkaltland. por quê? porque tinha haeyeon e nada mais importava.

− você é tão linda que ficaria perfeita usando uma sacola de lixo.

− obrigada. ― a voz de haeyeon soava como um doce sussurro que acariciava jihyun. sua dualidade era enlouquecedora: suas atitudes ousadas e em certas horas voluptuosas tinham um forte contraste com sua fala tímida e suave.

não havia um dia onde jihyun não agradecia o universo e quaisquer divindades existentes por viver na mesma época que haeyeon. raramente havia um momento em que ela não pensava em jang e não podia passar um dia sem ver a dos fios escuros nas pequenas coisas cotidianas: a tonalidade carmesim de seus lábios na bandeira soviética, sua voz doce nos potes de mel da feira e as ondas de seus cabelos fluindo no mar profundo de um azul tal qual o de seus olhos.

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